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Russell questiona proposta de mudança radical para Sprint da Fórmula 1: “Não funciona”

George Russell cita as experiências na F2 e na F3 para explicar porque os grid investidores não funcionariam nas corridas Sprints da Fórmula 1.

George Russell
Divulgação/Twitter oficial da Mercedes

O atual formato das corridas sprint da Fórmula 1 tem gerado uma série de debates nos bastidores do paddock. Como forma de tornar o formato mais emocionante em 2024, os chefes da F1 estão discutindo mudanças no formato, e grids invertidos são uma ideia sugerida. 

Os grids invertidos têm sido propostos há muito tempo como uma maneira de tornar as corridas de Fórmula 1 um espetáculo melhor. O formato faz parte dos calendários da F2 e F3, com os 10 primeiros no treino classificatório para a corrida principal invertidos para a corrida Sprint mais curta. Entretanto, alguns dos principais pilotos da F1 já se manifestaram contra a mudança, incluindo Lewis Hamilton e Max Verstappen.

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George Russell, campeão da F2 em 2018 e companheiro de Hamilton na Mercedes, explicou por que grids invertidos não poderiam funcionar na F1.

“Não vou falar em nome dos pilotos, mas minha opinião pessoal é que eu não acredito que corridas com grids invertidos funcionarão. Puro e simplesmente porque aprendi isso quando corri na Fórmula 2 e Fórmula 3. Se você tem os 10 carros mais rápidos, o carro mais desafiador de ultrapassar é aquele com o qual você está lutando”, disse Russell em conversa com à imprensa.

“Se você inverter esse grid, terá o carro mais rápido em 10º, tentando ultrapassar o segundo carro mais rápido em nono, que está tentando ultrapassar o terceiro carro mais rápido em oitavo, então cada carro está tentando ultrapassar seu concorrente mais direto. O que provavelmente acontecerá é que será apenas um comboio de DRS, porque você pode ter um Williams liderando um Haas que ele não consegue ultrapassar, que lidera um Alpine que lidera um McLaren ou qualquer outro. O conceito não funcionará”, afirmou.

Russell avaliou que as melhores corridas Sprint aconteceram quando os carros apresentaram degradação de pneus, como no Catar e no Brasil.

“As melhores corridas Sprint foram quando há degradação de pneus, como vimos no Catar, com pessoas em estratégias diferentes, e igualmente no Brasil, onde os pneus mal aguentavam 25 voltas, e foi uma boa corrida. Mas na maioria das vezes, nas corridas Sprint, você coloca o pneu médio e vai a toda velocidade até o final, e não há uma boa corrida”, completou.

Danielle Barbosa

Escrito por Danielle Barbosa

Jornalista.

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