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Sorte da Williams em 2024: ter duas equipes piores que ela no grid

Alexander Albon da Williams bate no muro
Alexander Albon bateu no muro (Reprodução/Fórmula 1)

As coisas na equipe Williams não estão do jeito que eles gostariam que estivessem. Provavelmente, na lista de ambições da equipe, ter altos prejuízos com acidentes e não ter chassi reserva, deixando um de seus pilotos fora de uma das provas, estava completamente fora de cogitação.

E isso certamente rendeu uma boa queda na credibilidade do time, desde 2020 sob administração da Dorilton Capital, uma empresa de investimentos norte-americana que assumiu o lugar da família do fundador Frank Williams, que faleceu no ano seguinte sonhando com a recuperação da escuderia que dominou as décadas de 80 e 90 e apresentou alguns dos melhores carros já vistos pela Fórmula 1.

No entanto, a Williams está é com uma sorte danada, pois outras duas equipes estão conseguindo ser pior que ela: Sauber e Alpine. Apesar de ambas estarem com zero pontos na tabela, a Williams foi a que apresentou os melhores resultados até o momento e está na frente das rivais. E a chance de ela pontuar é muito maior que as outras, mesmo tendo somente em Alexander Albon um representante realmente competitivo.

A Sauber é a que podemos considerar a café-com-leite do fundão. Ninguém odeia a equipe, ela goza de uma considerável simpatia dos fãs e dos rivais, não atrapalha ninguém (sua única polêmica foi uma jogada de marketing que só jogou luz em cima do patrocinador, que é uma casa de apostas) e ajuda a manter a panelinha de 11 equipes completa.

Seu futuro como Audi já está garantido, então ela só precisa fazer o básico pelos próximos dois anos – claro, da forma mais econômica possível. Sua dupla de pilotos não compromete (até ajuda bem na parte midiática, vide as bundas do Bottas), mas está longe de ser uma excelência. O fato de baterem pouco e não se envolverem em confusões para a Sauber já é ótimo.

Já a Alpine está em desabalada carreira ao fundo do poço. A ponto de surgirem rumores sobre uma possível venda (alô, Andretti). Talvez nem um caminhão de dinheiro será suficiente para salvar um projeto de carro que já nasceu fracassado. Para completar, seu staff foi todo modificado após a primeira prova e seus pilotos são tão competitivos que vivem se estranhando dentro da pista, o que já ocasionou em abandono duplo.

O que tudo isso quer dizer? Que a briga no fundão será emocionante para ver quem foge da última posição no campeonato de construtores, mas, levando em conta o cenário atual, se a Williams fizer o básico bem feito, ela consegue até brigar com a Haas por um sétimo lugar (o ritmo deles não é aquelas coisas) e tentar manter os 87 milhões de dólares recebidos por ter sido a sétima no ano passado – caso contrário, se for oitava, ela receberá 9 mi a menos.

(PS: por curiosidade, a pior equipe do ano passado, a Haas, ganhou 60 mi no ano passado e a melhor, Red Bull, faturou 140 mi).

Escrito por Bruno Vicaria

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