Stefano Domenicali está assumindo uma postura linha-dura contra os pilotos que reclamam do cronograma cada vez mais intenso da Fórmula 1.
Max Verstappen, por exemplo, já reclamou do estresse extra que o formato do fim de semana de sprint coloca na mecânica. Lando Norris também concordou, dizendo que não é saudável para os membros das equipes.
Estas novas reclamações somam-se às preocupações sobre os históricos calendários longos no esporte, com 24 corridas em 2023, 24 em 2024 e outras 24 planejados para 2025.
“Eu converso com eles; e se você não quer dirigir na Fórmula 1, não é obrigado a fazê-lo”, rebateu o CEO da F1 Domenicali. “É uma questão de respeito pelos fãs. Eles querem vê-los correr e é uma responsabilidade que temos para com todos os nossos fãs, nossos parceiros, promotores, patrocinadores, emissoras, todos. Precisamos de heróis que gostem do que fazem, mas tenho certeza de que estão se divertindo”, acrescentou.
Helmut Marko, da Red Bull, vê os dois lados do debate, sobretudo porque a empresa de bebidas energéticas está pagando mais este ano para sediar o formato sprint do GP da Áustria. “É simplesmente um bônus para os espectadores e, portanto, para o organizador, que aos fãs seja oferecida uma qualificação na sexta-feira e uma corrida no sábado. No lado esportivo, sou mais fã do processo tradicional. Então, como organizador, sim. Como fã de corridas? Não”, comentou.
Além disso, o tricampeão Verstappen também disse na China que se opõe ao aumento no número de eventos de sprint, que poderiam ser 12 no futuro. Domenicali, porém, respondeu. “Por que não? Os eventos de sprint são ótimos, porque assim há emoção todos os dias. Temos o dever de garantir que haja ação na pista todos os dias. Por respeito aos fãs que vêm aqui”.