Arthur Santos Eustachio
O diretor técnico da Mercedes, Mike Elliott, admitiu que a equipe caiu numa “embaraço” dos regulamentos enquanto busca por equilíbrio aerodinâmico. De fato, a Fórmula 1 introduziu um amplo conjunto de novos regulamentos no início do ano passado. Isso deixou vários construtores, incluindo a Mercedes, em dificuldades.
O carro W13 provou ser imprevisível, pois produziu excelentes manobras mas resultados decepcionantes, embora uma série de atualizações tenha ajudado o progresso da equipe. Este ano também foi uma ambiguidade semelhante; e tanto Lewis Hamilton quanto George Russell sofreram visíveis quiques durante o Grande Prêmio da Bélgica.
Porém, a Mercedes agora se afastou de seu conceito anterior, resultando em uma reformulação do W14 e no corte da abordagem ‘zeropod’ bem no meio da temporada.
“Olha, se você voltasse aos antigos regulamentos, poderia colocar o carro onde quisesse, você tinha um grande deslocamento na suspensão, o que lhe permitia ajustar o equilíbrio um pouco melhor nas curvas”, disse Elliott.
“Você não estava limitado pela rigidez, você poderia perseguir onde o desempenho aerodinâmico estava nos regulamentos. Com esses carros, aerodinamicamente falando, eles querem rodar perto do chão. Se você os rodar perto do chão, você tem que rodar com força. Portanto, essa é uma das armadilhas em que caímos no ano passado, se formos honestos”, explicou.
“Sempre haverá aquele equilíbrio que você tem neste conjunto de regulamentos. Você tem caras aqui que querem correr muito, muito perto do chão. Ora, nós temos de pensar: ‘como você pode alcançar esse equilíbrio certo’?”, concluiu Mike Elliott.
O próximo Grande Prêmio da Fórmula 1 é o da Holanda, no dia 27 de agosto, após pausas para férias. Max Verstappen e a Red Bull Racing lideram, respectivamente, as tabelas de pilotos e de construtores de 2023. A Mercedes atualmente ocupa o segundo lugar entre as equipes, somando 247 pontos.
