Matheus Camargo
O chefe da Mercedes na Fórmula 1, Toto Wolff, disse que é preocupante ver várias figuras importantes deixarem a FIA e acredita que o órgão regulador precisa de estabilidade para 2024.
Nas últimas semanas, o diretor esportivo Steve Nielsen e o diretor técnico Tim Goss deixaram a entidade. A saída deles ocorre após a saída de Deborah Mayer do cargo de chefe da Comissão Feminina da FIA no Automobilismo.
Em entrevista ao The Daily Telegraph, Toto Wolff disse que é preocupante que várias pessoas importantes tenham saído tão de repente, com Nielsen, que estava no cargo há apenas um ano. Segundo a publicação, ele estaria frustrado com a direção da operação da FIA na Fórmula 1.
“É preocupante ver tantas pessoas boas partindo. Perder Steve Nielsen é um grande golpe. Não consigo pensar em um diretor esportivo mais experiente e justo. Como líder, o que importa é a cultura e o ambiente que você cria para as pessoas prosperarem. Quando pessoas tão competentes como estas deixam uma organização existe um vácuo. Isso está claro”, disse Toto Wolff ao jornal inglês.
“E você deve se perguntar: por que de repente tantas pessoas decidiram encerrar os contratos? O que a FIA precisa é de estabilidade. A FIA é uma das três principais partes interessadas do esporte, junto com a FOM e as equipes. E como líderes destas organizações, precisamos de definir o tom para todos os outros. Precisamos não só dizer que estamos a agir de forma transparente e ética, mas também de viver de acordo com esse padrão todos os dias.”
Fim de ano foi turbulento para a FIA após investigação contra Toto Wolff
As recentes saídas ocorrem em meio a um final de ano turbulento para a FIA, depois que ela se envolveu em polêmica em torno de sua breve investigação sobre um suposto conflito de interesses entre Toto e Susie Wolff.
A investigação foi encerrada após enfrentar uma frente unida da Fórmula 1 e suas 10 equipes defendendo os a família Wolff. Embora Toto Wolff não tenha comentado quaisquer outras medidas legais, ele disse que a forma como a investigação da FIA foi conduzida foi prejudicial.
