Chefe da Mercedes diz ser difícil tirar conclusões após prova em Baku, onde houve poucos momentos de entretenimento
O chefe da Mercedes, Toto Wolff, diz que a Fórmula 1 precisa analisar por que o Grande Prêmio do Azerbaijão do fim de semana ofereceu pouco aos fãs em termos de diversão.
Com exceção das primeiras voltas da corrida liderada por Charles Leclerc, Baku foi outro festival da Red Bull, pois Sergio Perez e Max Verstappen superaram os rivais e concluíram a tarde com mais de 20 segundos de vantagem sobre a Ferrari.
Mas lutas acirradas e ação roda a roda foram poucas e distantes entre si. Isso levou Wolff a sugerir que os carros da nova geração da Fórmula 1 não estão mais cumprindo a promessa do que as corridas deveriam ser.
O austríaco afirma que a F1 poderia investigar quais elementos das regras do esporte estão pesando na competição e nas ultrapassagens. “Hoje não foi um thriller. Não tivemos ultrapassagem, mesmo com uma grande diferença de ritmo. Não foi um grande entretenimento”, disse Wolff após a corrida de Baku.
“Temos que analisar o fim de semana com o formato sprint, onde há pontos positivos que podemos tirar. Mas no final tudo se resume à corrida. Ela precisa de batalhas difíceis; e acho que o destaque ontem no sprint foi George [Russell] e Max [Verstappen] sendo capazes de lutar. Não houve nada disso hoje”, acrescentou.
“Mesmo se você estiver dentro de 0,2 segundo, é muito difícil ultrapassar, quase impossível, a menos que o outro piloto cometa um erro. Precisamos de fato olhar para isso e como podemos evitar uma corrida entediante”, insistiu Wolff.
Apesar de críticas, líder da Mercedes mantém cautela quanto a reformas nas regras
Os pilotos da Fórmula 1 estão cada vez mais concordando que, em comparação com os projetos do ano passado, os carros de 2023 apresentam um desafio maior quando se trata de seguir um ao outro de perto.
No entanto, o austríaco evita recomendar outra série de mudanças nos regulamentos da F1: “Penso que depois de um fim de semana como este, não devemos diminuir o nível geral e dizer que é a direção errada e que precisamos mudar completamente”.
“Trata-se mais de entender por que não foi tão divertido. Tínhamos dois carros que estavam voando por mérito. Então havia uma diferença de 20 segundos e eu não saberia dizer hoje quem é mais rápido entre a Aston Martin, a Ferrari e nós”, concluiu Wolff.