Ismar Junior
Após a Formula E adiar a implementação do Attack, em entrevista ao portal The Race, o CEO da categoria, Jamie Reigle, explicou que a decisão foi tomada para evitar prejudicar a competitividade do campeonato durante seu andamento.
Reigle acredita que a temporada já está emocionante o suficiente para se manter atrativa e que não precisa depender de novos artifícios para torná-la mais interessante. Ele também disse que, embora muitos fãs acreditem que o recurso deveria ser aplicado em todas as corridas, ele acredita que seja possível adotar uma postura mais flexível na categoria.
Houve problemas na produção de baterias na Williams
Os planos de implementação do Attack Charge na Fórmula E foram adiados devido a dificuldades na reposição de peças e problemas na produção de baterias pela Williams.
Inicialmente planejado para substituir o modo ataque tradicional em algumas corridas selecionadas do calendário deste ano, o artifício consiste em uma parada obrigatória de 30 segundos que desbloqueia dois períodos de modo ataque, aumentando a potência do Gen3 de 300 kW para 350 kW.
No entanto, a Williams teve que focar na resolução da confiabilidade da bateria, o que levou ao adiamento da implementação do Attack Charge no início do ano. Mesmo com a intenção de implementá-lo com a temporada em andamento, os problemas persistiram e ficou claro que os planos iniciais não poderiam ser seguidos.
O Attack Charge pode interferir no equilíbrio da Fórmula E?
Embora haja uma preocupação em relação à interferência no equilíbrio, Reigle utilizou as corridas Sprints da Fórmula 1 como exemplo de flexibilidade de regras durante a temporada. Segundo ele, isso poderia servir de exemplo para que o Attack Charge seja utilizado em algumas corridas, e não em todos os ePrix, como muitos fãs gostariam.
A grande questão para o CEO é que quanto mais tarde a alteração é implementada, maior é a capacidade da mudança alterar o equilíbrio do campeonato. Sem o Attack Charge, a Fórmula E retoma suas atividades no próximo fim de semana com o ePrix de Mônaco, onde todas as sessões — treinos livres, qualificatório e corrida — acontecem no sábado.
