Agustín Canapino não teve tempo para cair a ficha com o que aconteceu nas 500 Milhas de Indianápolis, que já tem que se preparar para a sétima data da IndyCar, cuja disputa é nas ruas de Detroit.
Apenas cinco dias depois de fazer história ao encerrar uma seca de 83 anos sem argentinos na corrida que compõe a Tríplice Coroa, o piloto já terá que acelerar no primeiro treino. O tetracampeão de Turismo de Estrada viveu duas semanas de pura loucuro, com as provas e classificação das 500 Milhas. Pois experimentou a emoção de estar num dos eventos esportivos mais importantes a nível mundial e virar a 370 km/h diante de quase 400.000 espectadores.
Além disso, batalhou até virar terceiro em um trecho da corrida, vendo a bandeira quadriculada e o fechamento ao terminar em um acidente; pois desviou do toque entre Scott McLaughlin e Simon Pagenaud que o deixou contra a parede primeiro, e contra o carro de Pato O’Ward, mais tarde, quando faltavam apenas sete voltas para o fim.
O ponto culminante de sua prova em Indianápolis não foi compatível com o grande trabalho durante as quase duas semanas que durou.
Ele precisará virar a página rapidamente para começar o quarto fim de semana consecutivo com atividade. A racha começou com o GP da Indy em 13 de maio; uma semana depois veio a classificação 500; sete dias depois, a corrida e agora vem a principal cidade de Michigan.
A data do Canapino, e de toda a categoria, será totalmente diferente: do circuito veloz a um novo traçado urbano, que vai atender a um desejo de Roger Penske, dono da categoria. Assim, passará pelo General Motors Renaissance Center, complexo de sete arranha-céus que é a sede da GM. O novo desenho veio substituir o de Belle Isle. O percurso tem dez curvas e 2.736 metros de extensão.
Será a terceira rua da temporada para a IndyCar. Canapino foi 12º em São Petersburgo e se aposentou em Long Beach. O objetivo para Detroit será o mesmo das seis partidas já disputadas, isto é, completar a prova e ganhar experiência para quando chegar a hora de lutar. O carro voltará ao tradicional desenho depois de correr nas 500 com as cores da Argentina devido ao acordo entre Ricardo Juncos e a AFA.
No torneio, Canapino é 24.º, com 61 pontos. O líder é o espanhol Álex Palou, com 219.