Uma das novidades para a Fórmula Indy no ano que vem será a atualização dos motores com componentes híbridos. Dessa forma, o V-6 biturbo de 2,2 litros poderá proporcionar até 150 cavalos de potência adicionais quando acionado. Mas Pato O’Ward acredita que os carros teriam que passar por adaptações.
O mexicano de 24 anos foi o segundo mais rápido nos testes pós-temporada da Fórmula 1 pela McLaren na terça (28), onde completou 103 voltas no circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi. O piloto reserva da tradicional escuderia britânica foi um dos que experimentou o motor híbrido em setembro, em sessão na Sebring International Raceway, logo após o término da temporada da Fórmula Indy.
Pato O’Ward relatou as dificuldades que teve com a nova experiência. “Será um desafio para o próximo ano, definitivamente. Em termos de confiabilidade para todos. Acho que será um desafio em termos de maximizá-lo”, declarou o mexicano da Arrow McLaren, em entrevista para o portal Motorsport.
O piloto admitiu ter dúvidas sobre a implementação do novo motor nas provas da IndyCar. “Acho que as regras ainda não são muito claras sobre o que ou como exatamente tudo será descartado e o que você pode ou não fazer. Então, estou esperando por isso. Mas será um trabalho em andamento. Será uma curva de aprendizado”, disse Pato O’Ward.
“É irritante”, resumiu Pato O’Ward
O automobilista da Arrow McLaren chamou atenção para a necessidade da mudança do chassi do modelo Dallara DW12 ou IR12. O design está em vigor desde a temporada 2012 da Fórmula Indy, numa homenagem a Dan Wheldon, falecido no ano anterior. O carro recebeu a última atualização em 2018, através do kit aero universal, renomado como IR18.
“Sou definitivamente um dos que estão no novo barco. É irritante que esta nova era de motores não venha com um carro novo porque precisamos dele desesperadamente, antes de precisarmos de um motor novo”, opinou o mexicano. “A IndyCar está em uma posição onde precisamos evoluir e dar um grande passo. Não podemos dar passos de bebê”, completou.
Por fim, Pato O’Ward comparou a falta de evolução dos modelos da Fórmula Indy com os carros híbridos da classe GTP do IMSA SportsCar Championship, mais a Fórmula 1. “Se eu fosse o responsável, meu objetivo seria fazer com que as pessoas dissessem: ‘P… m…, você viu os novos IndyCars?'”, questionou, com palavrões.