Rafael Pimenta Vieira
No ano passado, Francesco Bagnaia lutou até a última corrida contra Fabio Quartararo pelo título da MotoGP. Assim, a estrela da Ducati chegou ao GP de Valência 23 pontos à frente do francês. Contudo, na ocasião, apenas 25 tentos estavam disponíveis, facilitando a vida do italiano, que ficou apenas com a nona posição na prova. Inclusive, vale lembrar que aquele foi o seu segundo pior resultado naquela temporada.
Agora, Bagnaia está 21 pontos à frente de Jorge Martín. Entretanto, ainda restam 37 em disputa, já que 12 são da corrida sprint. Dessa forma, a vantagem do italiano não é tão grande como no último ano, exigindo mais atenção.
Existem vários cenários de pontuação, mas caso Martín vença as duas corridas, Bagnaia precisará conquistar dois top cinco para se sagrar bicampeão da MotoGP. Por outro lado, se ele aumentar a vantagem para mais de 25 pontos na sprint, será campeão ainda no sábado.
“Sinceramente, a melhor forma de não sermos afetados pela pressão é apenas pensar em fazer o máximo. Concentre-se apenas em fazer a melhor corrida possível. No ano passado, sofri muito em Valência, mesmo tendo uma diferença de 23 pontos. Desta vez chegarei a Valência mais ou menos na mesma situação [de pontos], mas mais preparado”, iniciou o italiano.
“O que mais me preocupa neste momento é o clima. No dia 26 de Novembro em Valência nunca se sabe o que vai acontecer. Mas dedos cruzados e vamos ver. Estamos na melhor posição possível, com 21 pontos de vantagem. O Jorge vai ter que forçar muito e a gente consegue administrar um pouco. Mas começar a pensar em administrar não é a melhor forma de lidar com a pressão, por isso será importante manter o foco em fazer a mesma rotina de um fim de semana normal”, acrescentou Bagnaia.
Francesco Bagnaia sobre 2023: “Este é o mais difícil”
Ao refletir sobre as duas últimas temporadas, o italiano não teve dúvidas em escolher 2023 como a luta mais difícil pelo título.
“Sim, com certeza este é o mais difícil. Lutar contra um piloto que é tão forte e tão enérgico quando está na pista, no contra-relógio, na corrida de velocidade, não é fácil. Considerando também que ele está totalmente com a minha moto e podemos compartilhar dados”, comentou o atual campeão mundial.
“Então com certeza, comparado ao ano passado, é muito mais difícil. Acho que estamos administrando bem a situação, considerando que em todas as corridas de domingo somos muito competitivos. Somos muito fortes. Mas para o próximo ano, e para Valência, terei que melhorar muito a sensação no sábado”, finalizou Bagnaia.
Por fim, vale lembrar que o italiano pode se tornar o primeiro bicampeão mundial da MotoGP desde Marc Márquez em 2019.
