O grid da MotoGP permanecerá com 22 motos para a temporada que vem. O diretor esportivo da Dorna Sports, Carlos Ezpeleta, eliminou a possibilidade de entrada de uma equipe extra.
No final de 2022, o grid foi reduzido quando a Suzuki optou por deixar a MotoGP, citando razões financeiras para a decisão de retirar um ano em um novo contrato com o campeonato. Nas últimas semanas, porém, surgiram rumores sobre a chance de a KTM expandir a presença para seis motos em 2024, pois procura encontrar um lugar para Pedro Acosta.
No entanto, em entrevista ao programa Tot Costa na Catalunya Radio, Ezpeleta confirmou que não haveria equipe extra em 2024; ademais, afirma que a Dorna prefere ter o grid limitado a 20 motos.
“Não há planos de ter mais de 22 motos no próximo ano. Na verdade, para nós o número ideal é 20. Pelo que entendi, teremos o prazer de ter o Pedro na MotoGP. Mas depois, restam ainda algumas conversas entre Pedro e sua equipe e seu fabricante”, disse Ezpeleta.
A questão dos assentos da KTM gira em torno do fato de que sua dupla Jack Miller e Brad Binder está sob contrato até o final de 2024, enquanto Pol Espargaró, da Tech3, também tem um contrato de dois anos.
O estreante Augusto Fernandez não tem futuro garantido além de 2023; mas até agora teve um desempenho sólido na primeira temporada, marcando um quarto melhor no Grande Prêmio da França. Acosta confirmou durante o fim de semana do GP da Holanda que passaria para a MotoGP em 2024, após duas temporadas na Moto2.
Na mesma entrevista, Ezpeleta também confirmou a reportagem da Autosport na quarta-feira de que o campeonato está procurando reintroduzir concessões para ajudar Yamaha e Honda.
“Estamos trabalhando para ajudar não só a Honda, mas também a Yamaha, outra fabricante japonesa, para que eles possam se tornar competitivos novamente de forma mais rápida. A Honda e a Yamaha foram muito atenciosas com o regulamento de concessões no passado; isso foi vital para a Ducati ser competitiva e também para a Suzuki ser competitiva tão rapidamente, e para a KTM e a Aprilia entrarem oficialmente no campeonato e serem competitivas”, explicou.
“Os outros fabricantes também vão entender isso. A posição oficial da Dorna é que o sistema de concessões deve ser atualizado”, concluiu ele.
A expectativa é que o retorno das concessões será discutido pelos fabricantes no GP da Inglaterra em agosto.