Arthur Santos Eustachio
Em recentes entrevista à emissora calatã TV3, Pol Espargaró mostrou confiança na volta à MotoGP antes da parada no meio do ano. “Se me derem o OK, vou para Mugello. Na próxima semana vou fazer um check-up médico e se os médicos disserem que sim, irei para Mugello. Se não puder estar lá, tentarei estar na segunda corrida [Sachsenring] ou na terceira [Assen] desta trinca”, disse ele.
Pol Espargaró sofreu um grave acidente nos treinos de sexta-feira para o primeiro Grande Prémio de Portimão, do qual ainda se recupera. “Agora estou numa situação privilegiada, tenho pouquíssimas dores, quase nada. Sofri pela minha vida nos primeiros dias. Realmente na UTI eu não estava muito atento, mas as pessoas ao meu redor estavam e eu as via sofrerem”, acrescentou ele.
A pior de grande parte das lesões foi a dupla fratura da mandíbula que o manteve quatro semanas com a boca fechada. Por isso, emagreceu 9 kg. Além disso, houve uma lesão na orelha e uma fratura cervical, que desencadeou um problema neuronal com envolvimento do nervo.
Também sofreu duas fracturas de costelas e três vértebras que o obrigaram a usar espartilho diariamente e limitar o treino físico para recuperar a massa muscular perdida.
Desde o primeiro momento em que conseguiu progredir na reabilitação, o piloto catalão trabalhou com um objetivo em mente, ou seja, voltar à competição e ver em primeira mão o passo em frente dado pela KTM em 2023.
Brad Binder venceu duas sprints e é terceiro na classificação provisória, enquanto Jack Miller já subiu ao pódio com a RC16 e é oitavo no seu primeiro ano na laranja. Até seu companheiro e estreante Augusto Fernández terminou em quarto lugar no último GP da França.
Pol Espargaró foi o principal arquiteto no início do projeto austríaco no MotoGP e que deu a ele os primeiros sucessos – o primeiro pódio em Valência 2018 ou a primeira pole position na Estíria 2020.
Depois de dois anos fora na Repsol Honda, o piloto voltou para a casa de Mattighofen. Um la prova que foi interrompida com a queda de Portimão e que agora, quase três meses depois, espera concretizar na serra de Mugello.
