Cido Vieira
Indo na “contramão” de boa parte dos pilotos da categoria rainha, o hexacampeão Marc Márquez manifestou apoio ao novo sistema que foi introduzido para controlar em tempo real a pressão dos pneus na MotoGP.
Implementado em Silverstone, último GP da temporada, a nova regra deu o que falar nos bastidores, e ainda está sob fase de aperfeiçoamento. Muitos pilotos se posicionaram contrários, se preocupando com o efeito de pressões iniciais mais altas, para evitar com que os pneus fiquem abaixo do limite oficial por longo tempo, e que isso traga um superaquecimento, e consequentemente quedas.
Marc Márquez, por sua vez, defende o novo método, que inicialmente exige uma pressão base de 1,88 bar (dianteiro) e 1,68 bar (traseiro) por pelo menos 30% de uma corrida Sprint e 50% em um GP tradicional.
“Com o pneu dianteiro, é verdade que sinto uma diferença se formos com muita pressão, muito travamento. Mas eu [também] não gosto de ter baixa pressão na frente”, disse Marc Márquez.
Questionado sobre a perda da aderência ao passo que a pressão aumenta atrás de outras motos, o piloto espanhol deu um exemplo próprio.
“Sim, mas ganhei corridas em 2019 com 2,1 e 2,2 bar. O problema é que temos a pressão do pneu dianteiro no painel e, se estiver acima de 2,1, você tem um alarme e sabe que terá mais travamento. Existem muitas discussões [sobre o novo sistema de tempo real], mas no final, se o fabricante do pneu disser que é por segurança, temos que seguir essa regra. Precisamos esquecer um pouco sobre o desempenho: se estiver travando, freie um pouco antes e não travará”, pontuou Marc Márquez.
“Claro que sou um desses caras que quer desempenho na moto, mas se o fabricante do pneu disser que é perigoso, o pneu pode estourar, precisamos mudar alguma coisa. E eu concordo com a regra”, complementou o piloto da Honda.
MARC MÁRQUEZ EM BAIXA
Ainda sem concluir nenhuma prova na atual temporada, Márquez busca uma remontada na segunda metade do ano para não amargar um desempenho tão aquém das expectativas. O experiente piloto ainda tem futuro incerto na MotoGP, sendo alvo de diversos rumores em torno de uma eventual saída da equipe nipônica.
