Arthur Santos Eustachio
Joan Mir está sob uma “maldição” com a Honda RC213V, pois já tem uma longa lista de quedas nos últimos anos. Após apenas quatro Grandes Prêmios disputados até agora nesta temporada, o campeão de 2020 já acumula oito. Trata-se do piloto que teve mais quedas em 2023 em todas as categorias.
Além disso, o maiorquino deverá somar mais um no teste oficial de Jerez, o que elevaria para nove o número de acidentes desde o início da temporada em Portugal. Naquele fim de semana, Mir caiu no FP2 e Sprint. Na Argentina, segunda etapa da temporada, voltou a cair no sábado no Sprint, sofrendo um forte golpe e sendo declarado inapto para a corrida de domingo em Termas. Na jornada seguinte, em Austin, caiu de novo, desta vez na longa corrida de domingo.
No último Grande Prémio, em Jerez, as coisas se complicaram bastante para o número 36, que sofreu duas quedas na mesma sessão, FP2. “Não me lembro de ter caído duas vezes na mesma sessão antes na minha carreira,” lamentou ele. Entretanto, a situação não melhorou no sábado, quando caiu no Sprint – e manteve a tendência no domingo com sua quarta queda do fim de semana e oitava do ano.
Estatísticas de Joan Mir
Mir é 20º na classificação geral do Campeonato do Mundo e soma apenas cinco pontos, que ganhou na corrida em Portimão. Nas quatro corridas de velocidade e nas outras três corridas longas ele ou não terminou ou não marcou pontos.
Se se considerar o histórico do piloto da Honda, que faz a quinta temporada na categoria, a primeira com a fabricante de Tóquio, no primeiro ano no MotoGP terminou com 12 quedas. Em 2020, quando foi campeão, teve apenas cinco; em 2021 fechou com o mesmo número de agora, oito; enquanto no ano passado, quarto com a Suzuki, teve 11.
O problema é que as motos de MotoGP são sempre mais rápidas, e as quedas são cada vez maiores, com o risco de lesões. “Cada batida fica gravada na memória. E a longo prazo isso sempre afeta você. Não acho que seja o caso ainda, mas é verdade que toda vez que você cai perde confiança”, disse Mir.
