Arthur Santos Eustachio
O piloto Pol Espargaró explicou que as corridas de MotoGP estão exigindo uma carga física ainda maior no seu corpo. O piloto da GASGAS Tech3 falhou a primeira metade da temporada depois de sofrer graves lesões durante os treinos para a estreia em Portimão, em Março.
Espargaró fraturou dez ossos nas costas, pescoço, costelas e mandíbula, deixando-o 1,5 cm mais baixo. Embora o espanhol insista que as suas lesões não são um grande problema em condições meteorológicas normais e que ele pode correr perfeitamente, o calor parece desencadear uma distúrbio em alguns músculos do lado esquerdo do seu corpo.
“Tenho dificuldades especialmente em condições de calor. Normalmente, em condições de calor, os músculos ficam maiores e mais pesados. E eu tenho algum distúrbio no meu corpo, distúrbio de trabalho, como se alguns nervos estivessem ativando os músculos na hora errada, e a recuperação desses músculos não é muito boa, principalmente do lado esquerdo do meu corpo”, disse Espargaró.
“E quando está muito quente, eu luto mais do que quando está frio. Como em Phillip Island, foi uma delícia, nem senti cansaço. Mas cada vez que está calor, sinto que luto mais que os outros. Nunca fui muito bom em condições de calor, mas agora está muito difícil. Mas é o que é”, acrescentou.
“Quando as condições são normais não sinto grandes problemas e consigo rodar perfeitamente com a moto, mas quando a situação é difícil e está no limite, chego a esse limite um pouco mais cedo que os outros. Então é por isso que talvez eu precise de um pouco mais de tempo para voltar a essas condições difíceis para estar em forma e melhor do que estive no passado”, concluiu.
Depois de terminar em 18º e último, mas apenas uma fracção atrás do companheiro de equipe Augusto Fernandez na Tailândia, Espargaró dirige-se agora para mais um evento escaldante em Sepang, na Malásia, este fim-de-semana.
Desde o seu regresso, ele obteve como melhor resultado o sexto lugar num Sprint e o décimo segundo no Grande Prémio de Silverstone.
