Matheus Camargo
Um documentário sobre Alex Márquez revelou que o piloto assinou contrato para se juntar à Petronas SRT para o MotoGP em 2021, mas a Yamaha bloqueou a mudança. O campeão de Moto2 de 2019 estreou no MotoGP em 2020 com a equipe de fábrica da Honda, substituindo o tricampeão da categoria Jorge Lorenzo, que
Márquez passou três anos na Honda, conquistando dois pódios em 2020, antes de ingressar na Gresini Ducati em 2023, vencendo dois sprints e conquistando dois pódios em Grandes Prêmios. Num documentário da DAZN que traça a carreira de Alex Márquez, ele revelou que recebeu uma oferta para permanecer na Moto2 em 2020 e subir para a Petronas SRT em 2021, quando Fabio Quartararo se transferiu para a equipe.
O ex-chefe da equipe Petronas SRT e RNF, Razlan Razali, confirmou isso, revelando que um acordo foi assinado, mas a Yamaha bloqueou esta mudança, afirmando que “nenhum membro da família Marquez pode estar na Yamaha”.
Isto está relacionado com o desentendimento que Valentino Rossi – então na Yamaha – teve com Marc Márquez em 2015, no Grande Prêmio da Malásia, quando a dupla teve problemas poucos dias depois de Rossi ter acusado o espanhol de conspirar para sabotar as suas esperanças no campeonato.
Veja o que disseram Márquez e Razali sobre a Yamaha
“Foi o quinto ano na Moto2, fui criticado por isso. Há anos que queria chegar ao MotoGP. No meio do ano, tive uma oferta para fazer um ano na Moto2 e penso que foram dois anos no MotoGP, com a Petronas Yamaha. O Fabio Quartararo estava na frente, brigando com o Marc (Márquez), e era uma moto que gostei. Achei que era bom para o meu estilo de pilotagem, mas acabei não funcionando por ‘x’ motivos”, disse Alex Márquez.
“Gosto do Alex e ele estava na minha lista. Então, tivemos algumas reuniões secretas e assinamos no motorhome do Márquez para ele ficar um ano conosco na Moto2, e em 2021 quando o Fabio foi para a equipe de fábrica, para levar o Alex para a MotoGP conosco. E eu tenho uma foto aqui (no celular) porque eu assinei e então Marc e Alex vieram. Na verdade, assinamos o contrato para Alex estar conosco. Isso foi em agosto de 2019, às 22h. Disse à Yamaha que queria contratar o Alex para a Moto2 e depois para o MotoGP. E a Yamaha disse ‘não, nenhum membro da família Marquez pode estar na Yamaha.’ Eu Disse porque? Esta é a minha equipe’. Foi por causa de Marc e do que aconteceu em 2015. Tornou-se pessoal para a Yamaha”, revelou Razali.
