Aos 16 anos, Lia Block se tornou a participante mais jovem da história do Extreme E, desbancando Amanda Sorensen, que também ingressou no campeonato nesta temporada.
A mais nova das três irmãs Block substituiu a espanhola Christine Giampaoli na equipa Carl Cox Motorpsort e vai competir com a estrutura americana durante o resto da temporada. A piloto falou pós sua estreia no primeiro Island X Prix, onde teve uma grande performance considerando sua pouca idade e sua curta carreira esportiva.
“Gostei muito, não tinha grandes expectativas, porque é um campeonato novo, rivais que não conheço e um carro completamente novo para mim, nada parecido com o que já pilotei antes”, disse ela, emocionada com a participação em um torneio internacional. Aliás, ela também participou recentemente do Pikes Peak Climb em uma homenagem póstuma ao pai, Ken.
“Tivemos apenas dois treinos antes de começar a competir. Mas encarei com um espírito positivo, tentando tirar o melhor de mim. Terminamos em terceiro no Q1 e no segundo cometi um erro na largada e terminamos em quinto. Na Redemption Race tentamos recuperar o máximo de posições possível. Terminamos em terceiro, mas uma penalidade por troca de piloto nos deixou em quarto. Mas a estreia foi muito boa, aprendi muito”, acrescentou.
Lia Block fez no domingo (9) algo para o qual seu pai parecia predestinado, mas nunca aconteceu, ou seja, correr uma corrida de Extreme E. Ken Block mostrou ao mundo o Odyssey 21 em ação, na última etapa do Rally Dakar 2020; mas depois não se envolveu nesta série. “É muito curioso porque o meu pai foi um dos primeiros a conduzir este carro, há quatro anos, e é emocionante poder agora competir com ele, embora ele não o tenha feito. Para mim é um passo muito importante na minha carreira pela experiência que vai me proporcionar. Quero contribuir com o legado com a minha carreira”, disse Block.
Ela ainda explicou qual é a sua formação em competição tão jovem e quais as disciplinas que mais a interessam. “O meu pai fez carreira nos ralis e no rallycross e sempre o acompanhei. Quando fiz 11 anos ele me inscreveu para um campeonato de estrada nos Estados Unidos e depois no kart. Também já fiz provas com fórmulas e gosto delas. Adoraria poder fazer mais e competir. Ainda sou muito jovem, estou tentando coisas diferentes, mas gostaria de ser campeão mundial em uma competição, talvez de RallyCross, WRC, Fórmula 1… Quero chegar ao topo em um campeonato”.