Marco Andrews Felgueiras Maciel
Chegou ao fim o sonho da Andretti em entrar na Fórmula 1. Mas pelo menos por enquanto. Mesmo que tenha sido aprovada num rígido processo promovido pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) em 2 de outubro, a categoria recusou nesta quarta-feira (31) o ingresso da equipe norte-americana para 2025 ou 2026.
Mesmo que a equipe chefiada pelo ex-piloto Michael Andretti tenha a parceria da Cadillac através da General Motors (GM), a Fórmula 1 bateu o martelo barrando a possível 11ª escuderia no grid.
A razão principal seria a falta de agregação de valores à organização, com benefícios voltados apenas para a Andretti e a GM. As 10 equipes da Fórmula 1 não disfarçaram a insatisfação pela possibilidade de perderem receitas com a inclusão de mais uma escuderia para participar da divisão de lucros.
Mas a Fórmula 1 concedeu à Andretti a possibilidade de entrada no campeonato em 2028, assim como a General Motors. Esta se inscreveu em novembro para fornecer motores também daqui a quatro anos.
“Nosso processo de avaliação estabeleceu que a presença de uma 11ª equipe não proveria, por conta própria, valor ao campeonato”, diz trecho do comunicado oficial da Fórmula 1.
“Enquanto o nome Andretti carrega algum reconhecimento de fãs da F1, nossa pesquisa indica que a F1 traria valor à marca Andretti, em vez do contrário. A adição de uma 11ª equipe colocaria um fardo operacional em promotores de corrida, sujeitaria alguns deles a custos significativos, e reduziria os espaços técnicos, operacionais e comerciais de outros competidores”, concluiu a nota.
Andretti havia divulgado protótipo
Conforme informações do portal Motorsport, a Andretti vinha trabalhando no desenvolvimento do modelo ainda visando entrar na Fórmula 1 em 2025. A empresa mantém 50 pessoas na sede da Andretti em Charlotte e mais 70 na unidade em Silverstone, no Reino Unido. Um protótipo em túnel de vento foi revelado pela equipe.
“Ficamos muito felizes com o processo que passamos com a FIA. Foi muito rigoroso e marcamos todos os requisitos. E estamos de cabeça baixa tentando avançar para ter um carro competitivo, pronto para qualquer ano de entrada”, disse o diretor técnico Nick Chester.
