Já se passaram seis anos desde que a Fórmula 1 contou com um brasileiro de forma efetiva entre os pilotos de seu grid. O último automobilista de nosso país a assumir uma vaga de titular em uma escuderia da categoria foi Felipe Massa, que se aposentou em 2017.
Com a bombástica mudança de Lewis Hamilton para a Ferrari em 2025, muito provavelmente veremos um “efeito cascata” nos assentos da categoria, abrindo talvez espaço para ao menos um novo rosto no grid ou o retorno de nomes já conhecidos pela categoria.
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Durante edição recente do Canal Livre, os comentaristas Reginaldo Leme, Felipe Giaffone e Max Wilson dissecaram as reais possibilidades de um piloto brasileiro chegar à Fórmula 1 no próximo ano. Dois nomes surgiram entre os principais candidatos: Felipe Drugovich, atual piloto de testes da Aston Martin, e Gabriel Bortoleto, que se prepara para sua primeira temporada na Fórmula 2.
“É um sonho, mas dá pra sonhar“, disse Reginaldo Leme sobre um brasileiro chegar à F1 em 2025, antes de mencionar Drugovich e compara-lo com o estadunidense Logan Sargeant, da Williams.
“Em três dias (de testes no Bahrein), o pouco que correu ele (Sargeant) bateu, errou“; analisou. O jornalista também parafraseou Eddie Jordan, ex-dono de equipe e forte personalidade da F1: “Como pode termos Felipe Drugovich fora do grid e Logan Sargeant na Williams? Eu não entendo isso“.
Drugovich ainda em 2024?
Para o ex-piloto Max Wilson, as chances de Felipe Drugovich dar as caras na Fórmula 1 ainda nesta temporada não são tão remotas. Segundo ele, mesmo com a posição de filho do dono, Lance Stroll pode então “ceder” a vaga ao brasileiro caso não consiga alcançar um desempenho melhor que o apresentado no último ano.
“Temos uma situação bastante diferente e atípica no caso de Drugovich“; iniciou assim Max. “Eu acho que se o (Lance) Stroll tiver uma temporada parecida com a do ano passado, ele não termina a temporada. Ele levanta a mão e pede pra sair, se não for retirado“; continuou. “Nesse caso, na minha visão, quem teria que sentar no lugar dele é o próprio Drugovich, que já está na equipe e andou muito bem (em testes com o carro)“.
Bortoleto surge como opção futura
Já Gabriel Bortoleto foi mencionado por Felipe Giaffone durante uma rápida análise sobre um possível nome para os próximos três ou quatro anos da categoria, quando o grid atual já estiver perdendo alguns de seu nomes para a aposentadoria.
“Se a gente falar daqui a uns três anos, tem teoricamente metade do grid pra aposentar“; iniciou Giaffone. “Não sei se pro ano que vem, mas há chances (no futuro). Não é que vão abrir essas vagas e vá entrar um brasileiro, porque tem muito piloto bom vindo de baixo. Se o Bortoleto fizer dois bons anos de Fórmula 2, ele chega (à Fórmula 1) em um momento com muita gente aposentando, o que não aconteceu com o (Felipe) Drugovich“; analisou o ex-automobilista.