Diretor da Mercedes sobre substituto de Hamilton: “Felizmente não sou eu quem faz essa escolha”

Focado em resolver os problemas da Mercedes neste início de temporada, Toto Wolff também precisa se preocupar com o futuro. A equipe de Brackley deve encontrar um substituto para Lewis Hamilton, que se transferirá para a Ferrari em 2025. Enquanto Wolff se desdobra para solucionar as questões atuais da Mercedes, há quem se sinta aliviado por não ter que tomar todas as decisões, como o diretor técnico James Allison.

Em entrevista coletiva às vésperas do GP da Emília-Romanha, Allison foi questionado sobre a postura da Mercedes na busca pelo substituto de Hamilton. Perguntado se a equipe optaria por juventude ou experiência para preencher a vaga em 2025, ele respondeu: 

“Felizmente, não sou eu quem faz essa escolha. Portanto, cabe aos ‘cães maiores’ responder a isso.”

Allison aproveitou para elogiar Kimi Antonelli, piloto júnior da Mercedes e uma das opções para substituir Hamilton na próxima temporada. “Tive o grande prazer de ouvir os engenheiros descreverem a interação com ele. É um piloto jovem e entusiasmado, muito rápido e metronômico em seu ritmo. Ele se adaptou rapidamente aos carros de F1, demonstrando uma mente aberta aos carros com efeito solo.”

+ Lewis Hamilton escolhe Kimi Antonelli como seu substituto ideal na Mercedes

“Sim, ele sente todas as mesmas coisas que você esperaria, mas não está influenciado pelo carro anterior. Ele simplesmente aceita como são e nos diz o que faria, destacando pontos fortes e fracos, permitindo que os engenheiros trabalhem para melhorar essas áreas. Parece ser um jovem piloto muito promissor”, acrescentou Allison.

Outro tema abordado na entrevista foi a saída de diversos funcionários da Mercedes. Jerome d’Ambrosio, diretor de desenvolvimento de pilotos, e Loic Serra, diretor de performance, foram anunciados como reforços para a Ferrari a partir de outubro. Gioacchino Vino, chefe de aerodinâmica, também está deixando a equipe de Brackley.

“Acho que isso faz parte do fluxo e refluxo normal de uma equipe de F1. As equipes são grandes hoje em dia, e, em qualquer ano, você está enviando um monte de pessoas para fora e trazendo um número correspondente. Isso é verdade para quase todas as equipes”, explicou Allison.

Ele continuou: “Não faz sentido comentar sobre motivação. É claro que uma equipe precisa ter uma massa crítica de pessoas boas e experientes, e não gostaríamos que elas nos deixassem. Mas também estamos contratando boas e experientes em um ritmo semelhante. Nosso trabalho é reagir de forma que todos prefiram estar conosco do que em qualquer outro lugar”, concluiu.