Mateus Pereira
Por conta do enorme sucesso de seu pai pela Fórmula 1, as expectativas sobre o desempenho de Mick Schumacher na categoria eram altas. No entanto, quando recebeu a oportunidade, o filho do heptacampeão mundial não correspondeu o esperado.
Ainda assim, o piloto se mantém ligado à categoria atualmente, atuando como terceiro piloto da Mercedes, onde parece ter a admiração do chefe de equipe Toto Wolff, que já elogiou o alemão e disse que o mesmo merecia estar correndo pela F1.
Ex-CEO da Fórmula 1, o emblemático Bernie Ecclestone acredita que Mick obteria mais sucesso se seguisse seu caminho na categoria pela Red Bull Racing.
“Ele estaria em boas mãos em uma equipe como a Red Bull, com sua academia de juniores, onde eles ajudam jovens pilotos a conquistar vitórias. Isso estragou muitas coisas para ele“; opinou Ecclestone, em entrevista recente ao Süddeutsche Zeitung.
Por fim, o britânico de 93 anos também declarou que a influência de Michael Schumacher no paddock teria sido determinante para o sucesso de seu filho: “Se seu pai estivesse com ele, poderia ter exercido uma influência completamente diferente sobre ele”.
Michael Schumacher “adoraria ajudar seu filho” na Fórmula 1
No fim do último ano, mais especificamente no dia 29 de dezembro, completou-se dez anos desde o impactante acidente de esqui envolvendo Michael Schumacher, pai de Mick.
Em uma entrevista concedida ao Grosvenor Sport, Johnny Herbert, ex-piloto de Fórmula 1, expressou então sua compaixão pelo filho do heptacampeão mundial. Ele acredita que a pressão se tornou ainda maior para que Mick evoluísse no automobilismo após o acidente de seu pai, como uma espécie de “legado”.
“Todas as pressões recaíram sobre seus ombros apenas por conta de seu sobrenome“; opinou Herbert.
Mick estava com seu pai no momento do acidente, quando ainda era um adolescente. Johnny afirma que a lenda do automobilismo teria então adorado passar seus ensinamentos ao seu filho, que chegou a fazer parte do grid da F1 pela Haas no passado.
Assim como Ecclestone, Herbert acredita que a influência de Michael teria levado a carreira de seu filho a outro nível.
“Michael teria adorado a oportunidade de trabalhar com seu filho e tentar colocar todas as suas experiências em prática, permitindo que Mick fosse um piloto muito diferente do que vimos [..] teria sido uma experiência maravilhosa para ele ter esse relacionamento profundo com seu filho. Infelizmente, não podemos ver isso“; encerrou o britânico de 59 anos.
