Mateus Pereira
Um dos traços da vida pessoal de Max Verstappen, atual tricampeão mundial de Fórmula 1, que sempre recebeu certa notoriedade é o seu amor pelos videogames. Nascido na era dos jogos virtuais, o neerlandês têm sido então uma figura assídua e popular na comunidade, seja por meio de transmissões online se divertindo com seus amigos ou participando de campeonatos profissionais em simuladores.
Afim de explorar melhor o assunto, o Naspistas foi atrás de mais detalhes sobre a relação de Verstappen com os games, algo que vai além de um simples hobby na vida do piloto profissional e, de certa forma, o aproxima de diversos fãs espalhados pelo mundo.
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Além do automobilismo virtual
Por se tratar de um dos maiores automobilistas da atualidade, é natural imaginar que Max tenha mais familiaridade com jogos do gênero automobilístico. De fato, ele não só se sai bem nas pistas virtuais, como também pode ser colocado com um forte nome entre os profissionais da categoria.
O canal Driver61 chegou a detalhar em um de seus vídeos como Max Verstappen pode ser considerado um gênio no automobilismo virtual, apontando cada uma de suas habilidades no gênero e como a experiência no esporte real o ajuda a também ser forte nos simuladores, mesmo que sejam universos profissionais totalmente distintos.
No entanto, para começar a falar sobre o relacionamento de Vespa com os games, vale a pena destacar que suas preferências vão muito além das corridas virtuais. Com a gamertag “Crudeboy007“, ele chegou a alcançar em 2019 o 21º lugar do mundo no Ultimate Team, o modo online mais popular do EA Sports FC, a franquia de maior sucesso dentre os games de futebol – o antigo FIFA.
Max Verstappen investe em equipe de simracing
O automobilismo, porém, ainda é a área de maior dominância de Max, até mesmo no meio virtual. Prova disso é o fato do piloto ter dado um passo importante no meio do e-sports: adquirir sua própria equipe profissional de simracing (simuladores de corrida), a Tem Redline. Por ela, Verstappen também participa de competições profissionais, principalmente durante o período de férias da Fórmula 1.
Real Racers Never Quit
E a própria Tem Redline foi então responsável por organizar um torneio virtual que envolve pilotos profissionais do automobilismo e de simracing, o Real Recers Never Quit.
No auge do isolamento em 2020, o torneio foi responsável por “matar a saudade” de alguns nomes famosos das pistas, entre eles o próprio Max Verstappen. A segunda edição da competição ocorreu então no início de 2024 e contou com a participação de Vespa e também do piloto brasileiro Felipe Drugovich.
Vespa já venceu as 24 Horas de Daytona?
Em uma parceria entre o Real Racers Never Quit e as 24 Horas de Daytona de 2024, Max Verstappen recebeu assim, junto ao seu time profissional, a chance de competir na versão virtual da popular prova automobilística. Ao lado de Gianni Vecchio e Ole Steinbraten, o neerlandês conseguiu alcançar o melhor resultado possível ao vencer a prova.
Um acontecimento curioso durante a realização da edição virtual das 24 Horas de Daytona, foi que Max Verstappen ficou bem próximo de ser forçado a abandonar a prova, por conta então de um acidente. Isso porque ele conseguiu evitar uma colisão, mas acabou parando fora da pista, dificultando um pouco mais o caminho para a conquista de sua equipe.
Max Verstappen fala sobre o seu amor pelos games
Ninguém poderia detalhar melhor seu relacionamento com o universo gamer do que o próprio Max Verstappen. Em 2017, quando ainda tinha 18 anos – mas já integrava o grid da F1 -, o piloto falou em entrevista à Red Bull sobre sua paixão pelos videogames.
Durante a conversa, o jovem Max revelou suas preferências por jogos mais realistas, como os simuladores, além de demonstrar muito interesses por outros grandes franquias dos games, como Grand Theft Auto (GTA) e Call Of Duty.
Na época, títulos mais populares de corrida, como Gran Turismo e Forza também não o apeteciam, sua preferência então já era pelo Project CARS, mais voltado para a simulação e comumente utilizado em competições. Ele também demonstrou muito interesse pelo F1, jogo oficial da categoria a qual ele faz parte.
Max Verstappen também recebeu a missão de explicar as principais diferenças entre pilotar um carro de Fórmula 1 real e no simulador: “Eu acho que a sensação de pilotagem é diferente. Principalmente porque você não tem a força G (força da gravidade), que torna os carros de verdade bem mais difíceis de controlar. Mas eu diria que é 90% a mesma coisa“.
Extremamente competitivo nas pistas da Fórmula 1, o piloto da Red Bull também deixou bem claro que, quando preciso, se entrega ao máximo para conquistar vitórias no mundo virtual: “Eu posso ser competitivo quando quero, especialmente quando estou correndo contra os caras do Team Redline. Você sempre quer se comparar e fazer o melhor trabalho possível, então você acaba sendo competitivo, sim.“
A importância de Verstappen para a indústria dos games
Apesar de ser a principal indústria do entretenimento audiovisual atualmente, superando até mesmo o cinema, os videogames ainda possuem certas dificuldades para se aproximar de algumas “bolhas” da sociedade.
Por mais que esse provavelmente não seja o objetivo por traz da paixão de Verstappen, já que ainda se trata apenas de um jovem que se diverte com os jogos virtuais, a presença de um tricampeão mundial de Fórmula 1 nas competições profissionais do meio, além de sua atividade na comunidade online, auxilia na aproximação dos e-sports e dos games em geral com uma grande parcela de fãs do automobilismo.
