Marco Andrews Felgueiras Maciel
Veterano diretor esportivo, Franz Tost vive o primeiro Natal diferente em 18 anos. Diretor esportivo da AlphaTauri desde 2005, quando na época a equipe surgiu na Fórmula 1 se chamando Toro Rosso, o austríaco de 67 anos será substituído por Laurent Mekies, ex-Ferrari, a partir do ano que vem.
Em entrevista para o portal oficial da Fórmula 1, Franz Tost, que será consultor da AlphaTauri, lembrou de sua rotina em Natais passados. Logo após a corrida matinal de 5km, o dirigente ia para o escritório da escuderia tratar de negócios, como tratativas de patrocínios em pleno 25 de dezembro.
“Eu não me importo muito com o Natal. Com certeza não estarei na frente de uma árvore cantando! Só posso te dizer o que não farei. Para mim, é um dia normal”, declarou Franz Tost.
Franz Tost foi sincero quanto ao seu futuro. “Não tenho ideia do que farei”, declarou o diretor que deixará a AlphaTauri oficialmente em 1º de janeiro, depois de 350 Grandes Prêmios e duas vitórias. Mas comunicou ter uma “lista de tarefas bastante longa”, como esquiar na neve, algo que não conseguiu fazer nas últimas duas décadas.
“A carga de trabalho não diminuirá. Com os projetos que tenho em mente, acho que vai aumentar ainda mais”, projetou o dirigente, que continuará acompanhando a Fórmula 1. Além disso, também prometeu assistir às provas de MotoGP e Fórmula Indy, além de outras modalidades.
“Não alcançamos o objetivo em 2023”, analisou Franz Tost
O austríaco admitiu um desapontamento com o resultado da AlphaTauri no último Mundial de Construtores. A escuderia terminou apenas na oitava colocação na temporada 2023 da Fórmula 1 com 25 pontos, sendo 17 conquistados por Yuki Tsunoda, seis somados por Daniel Ricciardo e dois por Liam Lawson, substituto do australiano em cinco corridas. Nyck de Vries não conseguiu nenhum ponto na primeira metade do campeonato.
“Não estou feliz nem orgulhoso. A meta era terminar em quinto lugar no campeonato de construtores e não alcançamos esse objetivo”, lamentou Franz Tost. “Estou chateado por não termos alcançado esse objetivo. Estou pensando comigo mesmo: ‘por que você foi estúpido demais para fazer isso?'”, completou.
Por fim, o veterano dirigente esportivo afirmou que irá sentir falta da Fórmula 1 e dos seus colegas de AlphaTauri, com os quais trabalhou com muitos deles durante 18 anos. “Fórmula 1 é uma família especial”, definiu.
