Mateus Pereira
Lewis Hamilton surpreendeu o mundo do automobilismo ao anunciar sua saída da Mercedes para se juntar então à Ferrari em 2025. O acordo foi oficializado pela Scuderia no início de fevereiro, gerando grande repercussão entre os fãs do esporte e a mídia especializada. Essa mudança é significativa, pois envolve dois dos principais protagonistas da história da Fórmula 1, tanto em termos de piloto quanto de equipe.
Para os mais céticos, no entanto, a parceria entre o piloto britânico e a equipe italiana se apresenta como uma aposta de alto risco. Isso porque, além da fase imbatível da Red Bull Racing e de Max Verstappen, maior rival de Hamilton nos últimos anos, Lewis não têm alcançado bons resultados em seus últimos meses pela Mercedes.
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Ainda assim, é necessário destacar que a escuderia alemã também está longe de viver seus melhores momentos na Fórmula 1 e, conforme já indicado anteriormente por Lewis Hamilton e seu companheiro de equipe George Russell, está longe de entregar um carro à altura para voltar a incomodar a RBR na briga por ambos os campeonatos. Este, inclusive, parece ser um dos principais motivos para que o heptacampeão tenha decidido migrar para a Ferrari no próximo ano.
De qualquer forma, a narrativa se volta para uma temporada interessante a ser vivenciada em 2025: a “confirmação” de que Hamilton e Ferrari não podem vencer juntos ou a redenção de ambos na categoria mais popular do automobilismo mundial.
Ex-F1 vê Lewis Hamilton “em baixa”
Já em relação aos diretamente envolvidos com os bastidores da Fórmula 1, a transferência de Hamilton para a Ferrari divide opiniões. Ainda assim, a maior parte dos comentários são positivos, principalmente no que diz respeito aos efeitos que tal movimentação pode trazer para a categoria em âmbitos fora das pistas.
No entanto, em recente entrevista ao racingnews365, Michael Bleekemolen, que correu pela Fórmula 1 nos anos 70, não poupou a decisão de Ferrari e Hamilton de questionamentos. Para o piloto da NASCAR Euro Series, Lewis já passou por seu auge e pode não ter muito a oferecer à Scuderia.
“Tudo está indo um pouco mal“; iniciou o neerlandês de 74 anos, ao falar sobre o heptacampeão mundial. “Acredito que ele já teve seu melhor momento, talvez acabe entre os dois ou três primeiros (no Mundial de Pilotos) novamente, isso pode ocorrer (na Ferrari). Não será fácil, mas seria bom“; prevê Michael.
Em relação às chances de Lewis Hamilton conquistar seu oitavo título mundial pela Ferrari, Bleekemolen é bem direto ao revelar suas expectativas: “Não acho que vai acontecer“.
