Mick Schumacher não percorreu o caminho ideal antes de se juntar à Mercedes na Fórmula 1. Atualmente desempenhando o papel de piloto de testes na equipe britânica, o piloto alemão encerrou sua temporada no grid principal em 2022, após uma campanha pela Haas que não atendeu às expectativas.
Enquanto acumula experiência como piloto reserva, o filho de Michael Schumacher também está explorando outras categorias em paralelo. Para essa temporada, ele correrá novamente pelo WEC e esteve na apresentação dupla da Alpine, onde a equipe mostrou seu A524, para a F1, e também o A424 , o Le Mans Hypercar que Mick pilotará ao lado de mais dois pilotos.
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Obviamente, membros da mídia aproveitaram a presença de Schumacher para lhe questionar sobre as reais chances dele substituir Hamilton em 2025, quando o piloto britânico irá para Ferrari. Um dos principais nomes vinculados para esse assento, o alemão preferiu despistar o tema ao conversar com o RacingNews365: “Eu realmente não pensei muito sobre o assunto“.
“A oferta que a Alpine me fez foi uma oportunidade muito boa para voltar a competir nas corridas de endurance, mas ao mesmo tempo estar muito próximo da Fórmula 1“; destacou um grato Mick Schumacher.
Apesar de deixar claro que, no momento, seu foco está totalmente voltado ao WEC, o piloto de testes da Mercedes deixou em aberto a possibilidade de ter novidades sobre seu futuro para anunciar em breve: “Obviamente, estou aqui na Alpine para o lançamento do carro, mas teremos que ver o que acontecerá nas próximas semanas“.
Michael “adoraria ajudar” na carreira de seu filho
No fim do último ano, mais especificamente no dia 29 de dezembro, completou-se dez anos desde o impactante acidente de esqui envolvendo Michael Schumacher, pai de Mick.
Em uma entrevista concedida ao Grosvenor Sport, Johnny Herbert, ex-piloto de Fórmula 1, expressou então sua compaixão pelo filho do heptacampeão mundial. Ele acredita que a pressão se tornou ainda maior para que Mick evoluísse no automobilismo após o acidente de seu pai, como uma espécie de “legado”.
“Todas as pressões recaíram sobre seus ombros apenas por conta de seu sobrenome“; opinou Herbert.
Mick estava com seu pai no momento do acidente, quando ainda era um adolescente. Johnny afirma que a lenda do automobilismo teria então adorado passar seus ensinamentos ao seu filho, principalmente em seu período no grid da F1. Herbert, inclusive, acredita que a influência de Michael teria levado a carreira de Mick na categoria a outro nível.
“Michael teria adorado a oportunidade de trabalhar com seu filho e tentar colocar todas as suas experiências em prática, permitindo que Mick fosse um piloto muito diferente do que vimos [..] teria sido uma experiência maravilhosa para ele ter esse relacionamento profundo com seu filho. Infelizmente, não podemos ver isso“; encerrou o britânico de 59 anos.