Há mais de uma década que a Williams não comemora uma vitória na Fórmula 1. A última foi no já distante ano de 2012, quando o venezuelano Pastor Maldonado obteve seu único triunfo na competição, no GP da Espanha. Aliás, a escuderia britânica quebrava na ocasião um tabu de oito anos sem vitórias, desde 2004 com o colombiano Juan Pablo Montoya em Interlagos. O último título mundial foi no longínquo 1997, com o canadense Jacques Villeneuve.
De lá para cá, a Williams passou a amargar temporadas vexatórias e muitas últimas colocações nas provas. No Mundial de Construtores em 2023, terminou em sétimo lugar entre as 10 equipes, somando 28 pontos e sem pódios. Destes, 27 foram de Alexander Albon e apenas um marcado por Logan Sargeant.
Recentemente, Pat Fry deixou a Alpine para atender a um chamado do chefão James Vowles e assumir a função de diretor técnico da Williams. O engenheiro inglês tem o objetivo de tornar a equipe competitiva a longo prazo. Mesmo assim, o dirigente acredita que os tempos de glória podem voltar num período menor.
“Vamos reconstruir um antigo ícone britânico”, disse diretor da Williams
Fry admitiu que deixou a Alpine pela falta de ambição da equipe francesa em alcançar o topo, considerando que existe uma atmosfera diferente na Williams.
“O que me entusiasma nesta oportunidade é que o conselho está totalmente de acordo com o que será necessário para levar este lugar adiante. Eles estão dispostos a investir no que for necessário para nos apoiar na construção de uma equipe, para reconstruir um antigo ícone britânico”, declarou Pat Fry à mídia especializada, em Abu Dhabi.
O diretor técnico da Williams tem como prioridade a definição da tecnologia necessária para daqui a cinco anos. Desse modo, Vowles reconheceu que a infraestrutura recebida pela equipe está 20 anos desatualizada com relação à concorrência.
Entretanto, Pat Fry mantém o otimismo, estabelecendo até um prazo para o retorno às vitórias e aos pódios na Fórmula 1, durante o período de reconstrução da Williams.
“O objetivo final é ser um competidor do campeonato. Em dois, três, quatro anos, precisamos entrar na luta e chegar aos três primeiros. Essa é uma pergunta difícil quando você está construindo a partir de onde estamos, mas eu acho que tudo é possível”, concluiu.