O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, está sob investigação por supostamente tentar interferir no resultado de uma corrida de Fórmula 1 da última temporada. O evento envolvido seria o GP da Arábia Saudita de 2023, onde Fernando Alonso terminou em terceiro antes de uma penalidade de 10 segundos, que posteriormente o empurrou para o quarto lugar.
No entanto, mais tarde os comissários retiraram a penalidade, devolvendo o piloto da Aston Martin para o terceiro lugar nos resultados finais. De acordo com a BBC, Ben Sulayem está sendo investigado depois que um denunciante o acusou de tentar interferir no resultado ao anular a penalidade de Alonso.
Ben Sulayem teria ligado para o xeque Abdullah bin Hamas bin Isa Al Khalifa, vice-presidente de esportes da FIA no Oriente Médio e Norte da África e um aliado próximo dele, que esteve presente na corrida.
A BBC afirma que o assunto está sendo investigado pelo comitê de ética da FIA e que um relatório foi apresentado pelo responsável pela conformidade da FIA, Paolo Basarri, que está na organização desde 2017. Na época, não houve sugestão de que houvesse algo errado com a mudança de opinião dos administradores. Na verdade, o foco estava no diretor esportivo da Aston Martin, Andy Stevenson, que defendeu com sucesso o caso da equipe no direito de revisão e convenceu os comissários a mudarem de ideia.
Presidente da FIA também é alvo por dificultar GP de Las Vegas
Além disso, também segundo a BBC, há uma polêmica envolvendo o procedimento de certificação do GP de Las Vegas. O denunciante seria o mesmo do caso da Arábia Saudita. Em relatório, é citado que “a pedido do presidente da FIA, o instruiu a atrasar e encontrar alguns empecilhos para impedir que a FIA certificasse o circuito antes do fim de semana da corrida”.
O objetivo, segundo o relatório, seria encontrar problemas na pista e reter a licença da corrida. Conforme o relatório, o ponto era identificar artificialmente as questões em Las Vegas, “independente de sua existência real”. O objetivo sempre teria sido reter a licença. Um funcionário teria sido encarregado de executar a tarefa, ao lado de outros dois funcionários designados na época.