Marco Andrews Felgueiras Maciel
Nas cinco rodadas iniciais do Mundial de Fórmula 1, a Alpine não conseguiu marcar um ponto sequer. O contraste é claro com a temporada passada, quando a escuderia encerrou o Mundial de Construtores na sexta colocação somando 120 pontos, além de render dois pódios em 2023: para Esteban Ocon em Mônaco e Pierre Gasly na Holanda, ambos com terceiras colocações.
Mesmo com a temporada satisfatória no ano passado, o time passou por mudanças profundas no meio de 2023, como as demissões do chefe Otmar Szafnauer, mais o diretor esportivo Alan Permane e diretor técnico Pat Fry. O trio deixou a equipe durante a pausa para as férias de verão.
O portal Motorsport fez a seguinte constatação sobre o momento vivido pela Alpine. “Embora a equipe baseada em Enstone esteja diminuindo o peso e adicionando desempenho aerodinâmico ao seu A524 para subir ainda mais no grid, ela ainda está longe dos patamares que a controladora Renault deseja alcançar”, analisou o site.
Chefe da Alpine culpou Szafnauer, que se defendeu
O ex-chefe Szafnauer credita boa parte dos problemas da Alpine à ‘interferência vinda de cima’. Desse modo, o engenheiro romeno acredita que a Renault não tenha chegado num denominador comum entre vender os seus carros de rua ou projetar o desempenho nas corridas.
“A melhor coisa, e não apenas a Renault, mas as grandes montadoras podem fazer, e tenho visto isso muito, mesmo com montadoras que têm as corridas como parte de seu DNA: elas não deveriam se intrometer. Deixar! É muito diferente de uma montadora de automóveis, você deveria deixar isso para os especialistas”, declarou.
Substituto de Szafnauer, o chefe Bruno Famin culpou seu antecessor pela fase ruim da Alpine. “O carro que temos agora é o resultado de uma gestão anterior”, disparou.
O ex-chefe da Alpine rebateu Famin, citando a etapa de setembro do ano passado em Marina Bay, em que garantiu ter ajudado na preparação do carro antes de ser desligado do cargo.
“Geralmente, Singapura é a última grande atualização que você traz e foi concebida em junho, julho. Depois do intervalo, todos mudam para o carro do próximo ano”, justificou. Além da Alpine, a Williams e a Kick Sauber também não somaram pontos na Fórmula 1 em 2024.
