Uma das notícias responsáveis por agitar os bastidores da Fórmula 1 nesta semana, além da ida de Hamilton à Ferrari, foi a recusa da FIA para com a Andretti, que deseja se tornar uma equipe na principal categoria do automobilismo. A rejeição deu o que falar e dividiu opiniões. Recém desligado da Haas, Guenther Steiner não ficou em “cima do muro” e se posicionou sobre o tema, dizendo concordar com a decisão.
Na visão de Steiner, é necessário apresentar condições de um alto nível de competitividade para figurar na Fórmula 1, o que só abre espaço para bons times. Apesar do posicionamento, o profissional citou que a recusa não impacta diretamente no fim de um sonho para a Andretti, já que a escuderia pode voltar às tratativas nos próximos anos.
“Acho que eles analisaram o projeto e acharam que era ambicioso demais, mas não tenho todas as informações. Talvez eles tenham analisado e dito que os queremos, mas queremos ter certeza de que eles serão bem-sucedidos quando chegarem, protegendo-os de si mesmos”, iniciou Steiner, em entrevista ao podcast ESPN Unlapped.
“Acho que a F1 está protegendo todas as equipes, todos os envolvidos no esporte, eles não fecharam a porta completamente. Eles disseram: 2028 é um novo dia, um novo ano, ainda faltam alguns anos, não é amanhã, mas a porta está aberta. Mostre-nos que você pode se preparar e ser competitivo até lá e eu acho que nós os receberemos de braços abertos”, complementou o ex-chefe da Haas.
Nos bastidores, a FIA chegou a sinalizar positivamente acerca da inclusão de uma 11ª equipe no grid da categoria. Contudo, a Fórmula 1, bem como a Liberty Media e diversas escuderias se mostraram contrárias, aniquilando o sonho da Andretti. Havia a projeção de que o novo time pudesse competir na categoria entre 2025 e 2026, mas o desejo do time não foi realizado, há a expectativa que isso só aconteça a partir de 2028.
Na visão de Steiner, embora tenha chances, a Andretti tem um cenário muito complicado no pleito de integrar o grid da Fórmula 1. O profissional vivenciou situação parecida com a Haas, em 2016, quando o time estreou na categoria.
“Portanto, é muito, muito difícil. Não estou dizendo que não seja possível, mas se você quiser entrar agora, precisa pegar sua equipe e se preparar e garantir que, quando chegar à Fórmula 1, você seja tão competitivo quanto é exigido pela Fórmula 1 agora. Não existe equipe fraca agora, é muito competitivo. Você não pode falhar. A FOM [Formula One Management] não permitiria que ninguém falhasse. Portanto, você precisa ter 100% de certeza de que pode provar que não vai falhar”, concluiu Steiner.