Rafael Pimenta Vieira
Após encerrar a sua passagem de onze anos pela Repsol Honda com um pódio na corrida sprint e colidir com Jorge Martín no GP da Valência, Marc Márquez se mostrou um “novo piloto” nas suas primeiras voltas com a Gresini Ducati. Assim, o espanhol, que não vence há mais de dois anos na Honda, apresentou bons tempos com sua nova moto.
Inclusive, enquanto o octacampeão mundial liderava a tabela de tempos, Alberto Puig, seu ex-chefe na Honda, afirmou que não estava surpreso com o desempenho.
“Não estou nem um pouco surpreso, falando francamente. O que as pessoas esperavam? É bastante óbvio para nós… Conhecemos o piloto e podemos ver o potencial de outras motos [a Ducati]. Zero surpresa”, comentou Puig.
Além disso, Márquez terminou o teste em quarto lugar, mas apenas 0,171s atrás do líder Maverick Viñales.
Ex-chefe de Marc Márquez fala sobre desempenho dos pilotos da Honda
Por outro lado, o novo contratado da Honda, Luca Marini, teve um início encorajador na sua carreira de fábrica com o décimo lugar, sendo o piloto mais rápido da RC213V. No entanto, vale observar que o italiano parecia usar apenas o protótipo da moto de 2024.
“[Marini] nos contatou e estamos felizes por ele ter demonstrado muito interesse em correr para nós. Estamos felizes por ele estar aqui e tenho certeza que ele pode nos trazer informações muito boas porque ele tem corrido para outro fabricante [Ducati]”, iniciou o chefe da Honda.
“Claro que esta moto é diferente para ele, mas ele já deu boas informações e é muito preciso nos comentários. Estamos satisfeitos com a forma como ele administrou o dia”, finalizou Alberto Puig.
Já Joan Mir, que voltou à garagem da Repsol Honda após cair no GP de Valência e sentir dores no pescoço, ficou com o 13º tempo.
“[Mir] está bastante satisfeito com as coisas que ganhamos. Ainda assim, algumas coisas não estão como deveriam ser, mas como vocês podem ver, ele deu um passo e a sensação da [nova] moto é diferente no bom sentido”.
Por fim, vale lembrar que a Honda, tal como a Yamaha, se beneficiará do acesso máximo ao novo leque de concessões técnicas em 2024.
