Dois anos depois de conquistar o título da MotoGP, Fabio Quartararo amargou uma competição sem vitórias com a Yamaha em 2023. Aliás, foi o primeiro campeonato em que a equipe japonesa não recebeu a bandeirada desde 2003.
A temporada de Quartararo foi um contraste não apenas à da vitoriosa de 2021, mas também a performance acabou muito abaixo do desempenho no vice-campeonato mundial do piloto francês no ano passado.
Assim, Quartararo terminou o campeonato mundial da MotoGP encerrado no mês passado apenas na décima colocação, somando 172 pontos. O motociclista não venceu nenhuma corrida em 2023, conquistando apenas três pódios.
O campeão mundial de 2021 teve uma boa impressão inicial do novo modelo de fábrica da Yamaha para 2024 no treino pós-temporada em Valência. Quartararo considerou que o veículo deu um passo positivo na aerodinâmica. Entretanto, admitiu que a moto ainda está muito distante do ideal.
“Não tinha grandes expectativas para o teste, mas tentamos sempre parecer elevados e, claro, para mim houve alguma melhoria, mas a realidade é que ainda estamos tão longe como antes”, declarou o francês.
A partir de 2024, a MotoGP vai mudar a regra das concessões para testes. Como a Yamaha e a Honda não atingiram 35% da pontuação total marcada pelas equipes, ambas foram enquadradas na categoria D.
Ou seja, Yamaha e Honda terão direito a mais oportunidades para melhorias em suas motos, através de testes privados adicionais, mais trocas de motor e atualizações aerodinâmicas.
Mesmo com o maior número de possibilidades de ajustes, Quartarato não acredita que a Yamaha retornará ao patamar de antes.
“Não sei se será suficiente, mas para mim é muito importante chegar mais perto [do topo na próxima temporada]. A diferença ainda é muito grande. É claro que não fizemos uma volta rápida [no teste de Valência], mas ainda assim estamos muito longe do que queríamos”, concluiu Fabio Quartararo.