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Com Carles Falcón, Rally Dakar chega a 74 mortes em sua história

Piloto espanhol tinha 45 anos e não resistiu aos ferimentos depois de sofrer grave acidente no Rally Dakar

Carles Falcón foi mais um a morrer no Rally Dakar
Carles Falcón foi mais um a morrer no Rally Dakar (Divulgação/Rally Dakar)

O tradicional Rally Dakar vivenciou mais uma tragédia no começo da semana. O piloto espanhol Carles Falcón teve sua morte confirmada ontem (15), uma semana depois de sofrer um acidente durante a segunda etapa da competição, no dia 7 de janeiro, na Arábia Saudita.

Falcón sofreu lesões sérias ao bater a cabeça. Os danos neurólogicos causaram uma parada cardiorrespiratória que levaram o piloto catalão de 45 anos à morte.

De acordo com o diário espanhol Marca, o Rally Dakar teve o seu 74º óbito desde a primeira edição do tradicional evento, realizado em 1979. Como a série de corridas está sendo realizada pela 46ª vez, infelizmente a média é de mais de uma morte por ano, com o cálculo exato de 1,6.

Este número inclui, além de pilotos, espectadores, jornalistas, integrantes da organização e profissionais de outras áreas.

O ano de 1986 foi quando mais mortes foram registradas no Rally Dakar, com sete ao todo. Pouco tempo depois, em 1988, seriam seis óbitos. Desde 2020 que pelo menos uma morte ocorre no campeonato anual, sempre realizado em janeiro.

Veja a lista das mortes registradas no Rally Dakar

– 1979: o jovem motociclista Patrick Dodin após sair da pista em Agadèz (Níger).

– 1981: dois técnicos da equipe IVECO (Franco Druetta e Andrea Carisitres), em Tamanrasset (Argélia).

– 1982: O motociclista holandês Bert Oosterhuis (Yamaha XT500) após sofrer acidente.

– 1983: O motociclista francês Jean-Noel Pineau é atropelado na etapa de Ouagadougou (Burkina Faso).

– 1986: O motociclista japonês Yasuo Kaneko perderia a vida num acidente entre Paris e Sète, na França. No dia 14 de janeiro, ocorreu o acidente mais grave da história do Rally Dakar, quando cinco pessoas morreram na queda de um helicóptero em Gourma (Níger). Entre elas o criador do evento, Thierry Sabine, além do cantor francês Daniel Balavoine, a jornalista Nathalie Odent, o piloto suíço François-Xavier Bagnoud e o técnico de televisão luxemburguês Jean-Paul Le Fur. Além disso, 48 horas após o término da prova, faleceu o motociclista italiano Giampaolo Marinoni, que havia sofrido uma grave queda em Dakar e contraído uma infecção.

– 1988: É o segundo ano mais trágico da prova, com a morte de seis pessoas. O piloto holandês Kees Van Loevezij morreu quando o seu caminhão DAF capotou seis vezes em Djado (Níger). Posteriormente, o francês Patrick Canada bateria seu Range Rover em uma Mercedes. Dias depois, uma menina de 10 anos foi morta por um veículo que atravessava uma rua na cidade de Kita, no Mali. Já o motociclista francês Jean Claude Huger morreu em um hospital de Paris, depois de cair entre as cidades de Tombouctou e Bamako, no Mali. Uma mulher mauritana e a sua filha morrem após serem atropeladas por um carro de imprensa entre a Mauritânia e o Senegal.

– 1990: O repórter e ex-motorista finlandês Kaj Salminen morre após bater seu carro com um veículo local no Mali.

– 1990-91: O francês Charles Cabannes, piloto do caminhão de assistência Citroen, morre após ser baleado em uma emboscada na aldeia tuaregue de Kadaouane, cidade controlada pelo exército maliano.

– 1991-92: Os franceses Laurent Le Bourgeois e Jean-Marie Sounillac, ocupantes do Range Rover, morrem quando o veículo capota em Sabah (Líbia). Além deles, o motorista francês Gilles Lalay (Yamaha) morre após colidir com um veículo de assistência médica na cidade congolesa de Pointe Noire.

– 1994: O belga Michel Sansen morre após cair da sua moto numa pista de areia em Nouakchott (Mauritânia).

– 1996: O francês Laurent Gueguen, motorista de um caminhão Mercedes, morre quando uma mina abandonada explode entre Foum el Hasan e Smarra (sul de Marrocos). Na cidade guineana de Tarembali, uma menina morre após ser atropelada pela moto do francês Marcel Pilet.espanhol Tomás Urpí morreu em Terrassa após consequência dos ferimentos sofridos quando o seu carro capotou várias vezes quando se dirigia para o seu hotel perto de Rabat (capital de Marrocos).

– 1997: O francês Jean-Pierre Leduc morre após cair de sua motocicleta KTM, entre a cidade senegalesa de Tambacunda e a cidade maliana de Kayes.

– 2001: Daniel Vergnes, mecânico da equipe Toyota Trophy, morre em um acidente enquanto se dirigia para a cidade mauritana de Tidjikja.

– 2003: O copiloto francês Bruno Cauvy morre após o Toyota dirigido por Daniel Nebot sofrer um violento capotamento entre Zilla e Sarir (Líbia).

– 2005: O motociclista espanhol José Manuel Pérez, ‘El Carni’, morre no dia 10 de janeiro após dar entrada no hospital de Alicante, para onde havia sido transferido de Dakar após ser operado por uma grave queda no dia 6 de janeiro entre Zquerat e Tichit, na Mauritânia. O motociclista italiano Fabrizio Meoni, vencedor das edições de 2001 e 2002, morreu em decorrência de uma parada cardíaca enquanto disputava a etapa entre Atar e Kiffa, na Mauritânia. Dois motociclistas belgas da equipe de assistência do piloto René Delaby (KTM) morrem após serem atropelados por um caminhão nos arredores da capital senegalesa.

– 2006: O piloto australiano Andy Caldecott (KTM) morre na etapa entre Nouakchott e Kiffa (Mauritânia).

– 2007: O motociclista sul-africano Elmer Symonds, 29 anos, morreu instantaneamente no dia 9 de janeiro após cair na beira de um rio seco, na etapa entre Er Rachidia e Ouarzazate (Marrocos). O piloto francês Eric Aubijoux, 42 anos, morreu no dia 20 de janeiro de parada cardíaca no trecho entre as cidades senegalesas de Tambacunda e Dakar.

– 2009: O motociclista francês Pascal Terry, 49 anos, foi encontrado morto na noite de 6 para 7 de janeiro em Jacobacci (Argentina), na trigésima edição do Rally Dakar.

– 2012: O motociclista argentino Jorge Andrés Martínez Boero, 38 anos, morre em um acidente no quilômetro 55 da primeira etapa do Dakar, entre as cidades argentinas de Mar del Plata e Santa Rosa.

– 2013: O motociclista francês Thomas Bourgin (KTM) morre após bater seu veículo em uma viatura da polícia chilena enquanto competia na sétima etapa do Dakar 2013, entre a cidade chilena de Calama e a cidade argentina de Salta.

– 2014: O motociclista belga Eric Palante (Honda) morreu na quinta etapa do Dakar, que ocorreu entre Chilecito e Tucumán, na Argentina. O caminhão que recolhia os retardatários da etapa do dia anterior encontrou o corpo sem vida de Palante no quilômetro 143.

– 2015: O motociclista polonês Michal Hernik, 39 anos, morre durante a terceira etapa do Dakar, entre San Juan e Chilecito, no quilômetro 206 da Cuesta de Miranda, na província de La Rioja, na Argentina

– 2020: O piloto português Paulo Gonçalves morre durante a sétima etapa após sofrer um acidente no quilómetro 263 da etapa entre Riad e Wadi Al Dawasir, na Arábia Saudita. Dias depois de encerrar a competição, o motociclista holandês Edwin Straver faleceu em seu país em decorrência de lesões sofridas no penúltimo dia da prova, realizada no dia 16 de janeiro, quando quebrou uma vértebra.

– 2021: Morre o motociclista francês Pierre Cherpin, cinco dias depois de sofrer um ferimento na cabeça durante a sétima etapa. Ele morreu enquanto era transferido de avião médico de Jeddah (Arábia Saudita) para Lille (França).

– 2022: O francês Quentin Lavalée, mecânico-chefe do carro número 726 da equipe PH Spot, morre após um acidente de trânsito em um trecho da última etapa, entre Bisha e Jeddah.

– 15 de janeiro de 2023. O espanhol Carles Falcón morre devido às lesões resultantes da queda no dia 7 na segunda etapa do Dakar.

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Escrito por Marco Andrews Felgueiras Maciel

Jornalista formado pela PUCRS em 2007 e pós-graduado em Imprensa Esportiva e Assessoria de Comunicação pela Universidade Castelo Branco. Atuei na web-rádio Voz do Futebol e escrevo para o Torcedores.com desde 2022, além de colaborar para o site Nas Pistas a partir de 2023. Também edito o SAMBARIO, voltado para carnaval e sambas-enredo, desde 2004. No canal do YouTube do portal (@sambariosite), entrevistamos mais de uma centena de personalidades do samba e do carnaval nos tempos da pandemia. Ainda fui redator e assessor de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade).

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