Guenther Steiner foi demitido da Haas em janeiro, depois de oito temporadas como chefe da equipe na Fórmula 1. A escuderia foi a última colocada no Mundial de Construtores da F1 em 2023, somando apenas 12 pontos. O engenheiro italiano assumiu o comando da equipe em 2016, quando a Haas entrou na F1.
O dono da equipe Gene Haas optou por não estender o contrato de Steiner, que havia se encerrado. O novo chefe da escuderia é o japonês Ayao Komatsu, diretor de engenharia que foi promovido.
Embora tenha marcado presença no paddock do GP do Bahrein de F1 na semana passada, o ex-chefe não viu, nem se comunicou com Gene Haas. Steiner se tornou comentarista, assinando com o canal RTL, da Alemanha.
“Gene Haas não gostou do que eu tinha a dizer”, disse o ex-chefe da equipe da F1
Em entrevista para a Sky Sports, Steiner relatou bastidores de sua saída da Haas e também das dificuldades da equipe na temporada passada da F1. Na sua opinião, foram tomadas atitudes financeiras equivocadas por Gene Haas, pelas quais contestou.
“Posso dizer que o último ano, ou ano e meio, foi difícil. Dava para ver que todas as outras equipes, quando o limite orçamentário entrou em vigor, todos os demais investiram seu dinheiro na infraestrutura da empresa apenas para seguir em frente”, introduziu Steiner.
O ex-chefe da Haas continuou. “Nós não fizemos isso. Em algum momento, você precisa dizer o que pensa sobre as coisas. Obviamente não sou o dono do time. Não posso tomar essas decisões. Eu não tenho dinheiro”, declarou.
O engenheiro italiano detalhou como agiu diante do empresário norte-americano. “Gene quer fazer do jeito dele. Obviamente ele não gostou do que eu tinha a dizer. Portanto, meu contrato não foi prorrogado. Eu estava bem com isso”, concluiu Steiner.