Matheus Camargo
O jovem piloto britânico Joel Pearson morreu nesta sexta-feira (23) aos 19 anos. A informação foi publicada pelo site Motorsport. A promessa do automobilismo tratava um câncer há três anos.
Ele foi para a Fórmula 4 em 2018 após deixar o kart. Em 2020 se graduaria na categoria britânica com a equipe Argenti, mas logo teve que adiar os planos por conta do diagnóstico de câncer ósseo na pélvis.
Mesmo em tratamento, ele seguiu trabalhando com simuladores e em janeiro de 2022 surpreendeu ao voltar à Fórmula 4, mesmo ainda em tratamento.
Ele assumiu um dos carros da Chris Dittmann Racing naquela temporada, retornando às competições. Joel Pearson obteve o melhor resultado com um sexto lugar no primeiro semestre, mas teve que se afastar após quebrou o polegar em um acidente.
Enquanto continuava a lutar contra os efeitos da doença, ainda assumiu o volante da McLaren 570S GT4, especialmente adaptado e controlado manualmente da Team Brit em outubro de 2023, junto com outros carros esportivos, mas Pearson não pôde correr novamente.
Em trecho de entrevista concedida ao Motorsport em 2022, ele disse que era um sonho retornar às pistas naquele momento.
“Assim que entrei na pista e aqueci, tudo funcionou e me deu uma grande sensação”, disse na época de seu retornou.
“A comunidade do automobilismo me ajudou muito. O apoio e as mensagens de outros pilotos, familiares, equipes e torcedores têm sido impressionantes”, apontou a então promessa britânica.
Jovem piloto, Joel Pearson recebeu homenagem de ex-piloto
A morte do piloto de 19 anos causou comoção no mundo do automobilismo e gerou homenagem do ex-piloto de turismo, Phil Glew, que foi gerente da carreira de sua carreira. Ele lamentou em entrevista ao site Motorsport.
“Joel vivia e respirava o automobilismo. Os carros de corrida eram tudo o que importava para ele”, disse o britânico sobre Joel.
“É tão difícil de aceitar. Aproveitei cada segundo que passamos treinando, gerenciando e cuidando de sua carreira, instantaneamente desenvolvemos um vínculo, além de Joel, também com sua família. Ele era um guerreiro, tinha a imagem de um touro no capacete, o que estava relacionado ao fato de ser um lutador. Ele estava sempre lutando. Nossos corações estão com sua família e espero que a comunidade do automobilismo se reúna para lembrá-lo.”
