Nesta quarta-feira (21), começam os testes de pré-temporada para a Fórmula 1 no Bahrein. Assim, teremos três dias de corrida antes do início oficial da campanha de 2024, no dia 2 de março. Contudo, apesar de útil para aquecer os motores e dar a oportunidade de conhecer melhor os carros, Fernando Alonso preferiu criticar o atual formato de testes, afirmando que é “injusto” para os pilotos da categoria.
Curiosamente, a experimentação dos carros tem sido reduzida nos últimos anos. Para se ter ideia, antes ocorriam dois testes de quatro dias, mas agora é apenas um teste único de três dias. Dessa forma, os pilotos possuem apenas cerca de um dia e meio de corrida em seus novos carros, com as equipes podendo colocar apenas um carro por dia.
Para Alonso, esse sistema não permite que os pilotos tenham tempo suficiente para se prepararem para a nova temporada. Então, para o espanhol, é necessário fazer uma alteração no formato. Ele, inclusive, não entende o motivo de cada time não poder rodar seus carros e pilotos de forma simultânea.
“Temos testes muito limitados no Bahrein. Passei todo o inverno pensando sobre isso, como é injusto termos apenas um dia e meio para preparar um campeonato mundial. Não existe outro esporte no mundo, com todo o dinheiro envolvido, com todo o marketing, as coisas boas que dizemos sobre a Fórmula 1 e de estar cada vez mais perto dos fãs [onde isso acontece]”, iniciou Fernando Alonso.
“Não consigo entender por que não vamos passar quatro dias no Bahrein, o que poderia ser dois mais dois para os pilotos. Se você for para três, que não é par, que é um número ímpar, não dá para dividir entre os pilotos. E não sei por que não vamos com dois carros? Porque já estamos no Bahrein e corremos na semana seguinte”, finalizou o bicampeão mundial.
Fernando Alonso não é o único a criticar o formato dos testes
Não é apenas Fernando Alonso que tem se sentido incomodado com os poucos testes de pré-temporada. Assim, George Russell, piloto da Mercedes, já havia feito comentários parecidos no ano passado.
“Pessoalmente falando, não acho que três dias sejam suficientes, porque é preciso lembrar, do ponto de vista do motorista, que é um dia e meio por motorista. Você poderia imaginar Rafael Nadal passando 12 semanas sem acertar uma bola e depois ir direto para o Aberto da França com um dia e meio de treinamento?”, comentou o britânico.
“Eu entendo e reconheço por que fazemos isso. Acho que três dias com dois carros provavelmente seria um bom lugar para se estar”, finalizou o piloto.