Marco Andrews Felgueiras Maciel
Lewis Hamilton não ficou satisfeito com o desempenho do modelo W14 que guiou na Mercedes em 2023. Afinal, não conseguiu nenhuma vitória na temporada de Fórmula 1 encerrada no domingo (26), em Abu Dhabi. O heptacampeão mundial terminou na terceira colocação com 234 pontos e apenas seis pódios em 22 corridas. Além disso, a equipe foi vice no Mundial de Construtores com 409 pontos, apenas três na frente da Ferrari.
Para o ano que vem, a Mercedes vem desenvolvendo o modelo W15 em busca de resultados mais expressivos na Fórmula 1. Em entrevista para a mídia especializada nos testes pós-temporada em Abu Dhabi, Lewis Hamilton reconheceu que existe uma pressão para que o chefe da escuderia alemã Toto Wolff consiga um carro competitivo visando 2024. O objetivo é voltar a disputar de igual para igual com a Red Bull de Max Verstappen.
“Uma grande quantidade [de pressão], com certeza. Não apenas Toto, mas globalmente, todos nós. Todos na fábrica, uma enorme pressão sobre eles. Em última análise, como um chefe como Toto, você tem que começar a confiar mais nas pessoas, em vez de recuar nelas. E como fazer isso não é fácil, pois as pessoas quebram [a confiança] em determinado ponto“, declarou Hamilton.
O britânico ressaltou que Toto Wolff necessita de tranqulidade e motivação para trabalhar no novo modelo para a Mercedes. “Como fazer isso de uma forma construtiva, de uma forma que os inspire a continuar? Para mim, espero que alguns dos resultados de corrida e pilotagens que consegui colocar, gosto de pensar que isso desperte inspiração para os caras. Tipo: ‘ah, estamos quase lá’, e isso se espalha por todo o mundo“, disse o heptacampeão.
Hamilton comparou resolução de problemas da Mercedes com a Red Bull
Hamilton reconheceu que a Mercedes teve dificuldades no desenvolvimento dos carros nas duas últimas temporadas. Então, traçou uma comparação com a agilidade na correção de problemas da Red Bull, campeã do Mundial de Construtores com 860 pontos, 451 a mais que a escuderia alemã.
“Se você olhar para a Red Bull, verá que eles fizeram um trabalho incrível, mas no Bahrein, no ano passado, eles tiveram um problema de recuperação e o consertaram naquela semana“, recordou.
“Tivemos muita aerodinâmica naquele primeiro carro no ano passado, mas basicamente tivemos que tirar uma tonelada de downforce dele e então lentamente tentamos adicioná-lo. Mas cada vez que tentávamos adicioná-lo, era pior. Simplesmente não melhoramos por muito tempo. Então, você pode imaginar que eles [Red Bull] estão progredindo“, analisou Hamilton, concluindo que está “esperançoso” com o novo carro da Mercedes.
