Em entrevista para o podcast Tomando Uma Com… no YouTube, Oscar Ulisses lembrou dos tempos em que narrou a Fórmula 1. O locutor esportivo de 66 anos falou da experiência em transmitir as corridas, quando o Sistema Globo de Rádios teve os direitos da competição até 2015.
O narrador foi questionado sobre o futuro da Fórmula 1 no Brasil, que não apresenta mais pilotos do país na temporada integral desde quando Felipe Massa deixou a categoria em 2017.
Oscar Ulisses opinou que os simpatizantes de automobilismo hoje em dia se tornaram mais segmentados, ao contrário dos tempos de Ayrton Senna em que a Fórmula 1 atingia as grandes massas e conseguia índices históricos de audiência.
“Hoje três pontos satisfaz a Bandeirantes, quatro pontos. Então é o público que não satisfaz a Globo mais, porque ela quer muito mais”, pontuou.
O locutor esportivo ressaltou que o brasileiro nunca foi tão apaixonado por Fórmula 1, e sim por ver esportistas do país ganharem. Oscar Ulisses frisou que Emerson Fittipaldi foi o responsável por abrir as portas do automobilismo para o público com seus dois títulos mundiais nos anos 70.
Dessa forma, o irmão de Osmar Santos e Odinei Edson afirmou que o futuro da Fórmula 1 no país depende da aparição de um novo talento na modalidade. Então, reforçou que as narrações de Galvão Bueno para as vitórias de Senna se tornaram uma divulgação importante para o esporte.
Para Oscar Ulisses, computação se tornou fundamental para as transmissões
Oscar Ulisses contou que o expediente de narrar corridas era um desafio gigantesco antes da informática e da computação, recordando que a cronometragem e a posição dos pilotos antes eram feitas manualmente.
“É possível transmitir hoje daqui, olhando só a televisão e tendo um site da FIA“, explicou o locutor esportivo. “Com o computador não é difícil transmitir. Sem o computador era meio lotérico”, comparou.