Mateus Pereira
A Mercedes sofreu um golpe pesado para os próximos anos: Lewis Hamilton estará fora da equipe para se juntar à Ferrari em 2025. A Scuderia confirmou o acordo na última quinta-feira (1) e repercutiu bastante na mídia especializada, pois a parceria envolverá dois dos principais protagonistas da história da Fórmula 1, tanto em termos de piloto quanto de equipe.
Os fãs da Mercedes, porém, se entristeceram e ficaram apenas com a incerteza sobre quem poderá substituir à altura o heptacampeão mundial. Esse sentimento de tristeza, no entanto, não pode tomar conta dos bastidores da equipe, visto que a mesma busca dar início a sua recuperação na F1 neste último ano de parceria com Hamilton.
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Ainda assim, é inevitável que este seja o assunto do momento em entrevistas com Toto Wolff, CEO e chefe de equipe da Mercedes. Em conversa recente com o Motorsport-Total.com, o mandatário austríaco falou abertamente sobre o que pensa em relação à escolha do heptacampeão mundial.
“Se ele tivesse ido para a Red Bull Racing, a motivação por trás disso teria sido clara. Essa é a opção mais lógica a curto prazo“; opinou Toto.
Ferrari superior à Mercedes?
O chefe de equipe da escuderia alemã, no entanto, demonstrou entender o desejo de Lewis Hamilton em mudar de equipe na reta final de sua carreira. O automobilista britânico ainda sonha com um oitavo título mundial – o que o colocaria como o maior vencedor da categoria – mas não tem recebido o melhor carro possível nos últimos anos.
“O que talvez não fosse tão visível para ele era a energia que existe na equipe, a vontade de fazer as coisas melhor. Não tenho ideia de quantas vezes mais vamos cair, mas sei que sempre nos levantamos“; projeta o austríaco.
Toto Wolff, porém, não parece interpretar bem a escolha de Lewis pela Ferrari, visto que a Mercedes terminou à frente da Scuderia no último ano. Ele acredita que esta vantagem deve se manter nas próximas duas décadas.
“Se olharmos para trás, daqui a 10 ou 20 anos, teremos muito mais campeonatos mundiais (que a Ferrari)“; afirma Wolff. “Mas, é claro, essa é uma perspectiva a longo prazo, e isso não importa mais para Lewis“; encerrou o austríaco, levando em consideração o fato de Hamilton já ter 39 anos.
