Mesmo que o Grande Prêmio da Argentina tenha sido cancelado, o calendário da MotoGP em 2024 continuará sendo o maior de todos os tempos. Caso o GP do Cazaquistão seja homologado, serão 21 etapas programadas no Mundial de Motovelocidade, 12 previstas para a Europa.
O número irá superar o recorde batido no ano passado, quando a competição chegou a 20 rodadas. O que motivou protestos dos chefes de KTM e Aprilia, respectivamente, Pit Beirer e Massimo Rivola.
Uma das novas etapas acrescentadas no calendário da MotoGP foi o retorno do GP de Aragón. A corrida em Motorland será a quarta na Espanha. Já a Itália tem duas provas, contando com o GP de San Marino.
“O número de corridas está realmente no limite e nós, como grupo, preferiríamos um pouco menos do que mais”, disse Pit Beirer. Entretanto, o chefe da KTM apoia a realização das sprints todos os sábados.
A questão logística é a principal razão pela qual o dirigente alemão faz coro contra a ampliação do campeonato.
“Devemos ter muito cuidado com a tripulação, com os membros da equipe, com os pilotos. Muitas vezes, com corridas extras, estamos falando de corridas no exterior, que colocam uma carga maior sobre os membros da equipe e suas famílias”, observou Beirer.
“MotoGP precisa ir para onde está o dinheiro”
O chefe da Aprilia, Massimo Rivola, descreveu a temporada difícil e puxada da MotoGP em 2023. “Pessoalmente, terminei o ano passado totalmente destruído porque, com o formato sprint, na sexta-feira você já está em modo de qualificação. Então, todo fim de semana, até domingo à noite, estávamos bastante cansados”, declarou.
Rivola reforçou a necessidade de levar a MotoGP para outros lugares. “Sou italiano, mas talvez devêssemos ter menos corridas em Itália, menos corridas em Espanha. Portanto, menos corridas na Europa e vá para onde está o dinheiro. Precisamos de grandes patrocinadores neste negócio”, opinou, apoiando etapas como as de Indonésia e Índia.