Cido Vieira
Apresentando uma evolução em ritmo lento na MotoGP, a Yamaha vislumbra com a possibilidade de ser protagonista novamente na categoria e tem trabalhado arduamente para concretizar este cenário. Na quarta etapa da temporada, realizada em Jerez, a escuderia apresentou uma versão atualizada do M1, que foi aprimorado nos testes de Mugello.
O pacote de novidades visa uma melhoria no aspecto aerodinâmico da moto. Ex-piloto da equipe no passado, o hoje comentarista Michael Laverty, da TNT Sports, prospectou a Yamaha buscando uma remontada na luta pelo protagonismo.
“A Yamaha, historicamente, faz as coisas. Eles são uma força em ascensão e estarão de volta ao pódio. Não os descarte”, pontuou o comentarista, emendando análise sobre o M1.
“Talvez a potência seja um pouco menor, mas a aerodinâmica é onde a chave parece estar. Esta atualização da Yamaha é provavelmente a mais aerodinâmica que já vimos. Eles fizeram parceria com a Dallara, uma das maiores montadoras italianas especializada em carros da Indy”, seguiu Laverty.
Em 2024, a MotoGP contemplou a regra das concessões beneficiando automaticamente Honda e Yamaha, equipes que ficaram distantes do pelotão principal nos últimos anos. A medida visa proporcionar um equilíbrio maior entre as escuderias, mas ambas ainda seguem com dificuldades.
Para Laverty, os benefícios proporcionados podem alavancar uma campanha de recuperação do time asiático na categoria.
“A Yamaha pode continuar o desenvolvimento ao longo da temporada. Com os seus pilotos de teste, eles podem testar em privado, o que é limitado pelos 260 pneus para testar. Mas eles também recebem dois motores ao longo da temporada. Dois motores adicionais. Ducati, Aprilia, KTM, todas precisam operar com sete, e a Yamaha pode usar nove”, pontuou o ex-piloto.
Para a próxima temporada, a Yamaha objetiva adicionar uma equipe satélite à sua estrutura, possibilitando assim a duplicação na quantidade de motos. A Pramac, que ainda tem vida incerta junto a Ducati é cotada como possível alvo.
