O GP do Catar no último fim de semana proporcionou experiências mistas para os pilotos da Fórmula 1. Já no sábado, Verstappen e Piastri tiveram razões para celebrar ao final da corrida sprint.
No entanto, todos os pilotos no grid enfrentaram um desafio adicional, além dos habituais, durante a passagem da categoria pelo país asiático. Isso ocorreu devido às condições climáticas intensas em Losail, resultando em momentos preocupantes por conta do calor excessivo ao longo das 57 voltas da corrida.
Ao que tudo indica, a FIA assumiu que o ocorrido no último Grande Prêmio não foi algo comum. Em comunicado oficial na última segunda-feira (09), a instituição garantiu que irá analisar a situação para evitar que algo assim volte a acontecer no futuro.
“A FIA começou a analisar a situação no Catar a fim de fazer recomendações para situações futuras com condições climáticas extremas“; revela o comunicado, publicado no site oficial da FIA.
“Embora o Grande Prêmio do Catar esteja programado para acontecer mais tarde no próximo ano (dezembro), quando as temperaturas deverão ser mais baixas, a FIA prefere tomar medidas materiais agora para evitar a repetição desse cenário“; garantiu a organização.
Calor no GP do Catar gerou até mesmo abandono de prova
Durante a prova do último domingo (08), vários pilotos demonstraram sofrimento físico por conta do calor no Catar. Os casos de Sargeant, Russel e Ocon foram talvez os mais preocupantes.
George Russel, da Mercedes, afirmou que a corrida no Catar foi a mais exigente fisicamente de sua carreira e relatou que esteve perto de sofrer um desmaio enquanto pilotava.
Esteban Ocon, da Alpine, revelou para sua equipe no rádio que chegou a vomitar no capacete por conta do forte calor. O francês cruzou porém a linha de chegada, diferente de Logan Sargeant, da Williams. Durante a prova, o estadunidense ligou o alerta à sua equipe pelo rádio, que ordenou que ele fosse para os boxes para receber os devidos cuidados.
Outros pilotos, como Max Verstappen e Charles Leclerc também se pronunciaram em tom de crítica após o GP do Catar, por conta do clima insalubre para a realização da corrida.
“Se fizermos isso de novo, devemos realizar esta corrida no final do ano, quando é menos quente durante o dia. É um pouco bobo nos forçar tanto assim“; opinou o tricampeão.
“Foi a corrida mais difícil de nossas carreiras, para todos os pilotos“; afirmou o piloto da Ferrari.
Após um fim de semana muito cansativo, os pilotos voltam às pistas apenas no próximo dia 22, às 16h (horário de Brasília). Todo o fim de semana do Grande Prêmio dos Estados Unidos terá então como palco o Circuito das Américas.