Rafael Pimenta Vieira
A Haas fez uma ótima corrida no Grande Prêmio da Arábia Saudita. Assim, Nico Hulkenberg conquistou o décimo lugar, garantindo o primeiro ponto da equipe na temporada. Contudo, isso só foi possível devido ao ótimo desempenho defensivo de Kevin Magnussen.
Para quem não sabe, o dinamarquês segurou um grupo de carros quando estava na 12ª colocação, permitindo que seu companheiro abrisse vantagem suficiente para fazer uma parada e voltar dentro da zona de pontuação.
No entanto, durante a corrida, Magnussen sofreu duas penalizações, totalizando 20 segundos. A primeira foi por espremer Alex Albon, da Williams, contra o muro na entrada da curva 4. Já a segunda foi por ultrapassar Yuki Tsunoda, da Visa Cash App RB, e ganhar vantagem.
Dessa forma, a direção defensiva do dinamarquês impediu que Tsunoda, Albon e Daniel Ricciardo brigassem por pontos. Entretanto, para Alan Permane, diretor de corrida da Visa Cash App RB, as atitudes do piloto são antidesportivas.
“Com Yuki, fizemos uma corrida convencional como a maioria das outras. Ele largou com o pneu médio e nós o chamamos para colocar o composto duro quando o safety car entrou. Mas o que aconteceu depois foi um pouco difícil de aceitar”, iniciou Permane.
“Magnussen saiu da pista para se colocar deliberadamente na frente de Yuki e depois o segurou em até dois segundos por volta, o que permitiu a Hulkenberg, que ainda não havia parado, criar uma vantagem e, claro, retornar na frente de todos os carros de trás após seu pit-stop. Para mim, isso não parece correto e é a própria definição de comportamento antidesportivo. Tenho certeza que nós e outras equipes conversaremos com a FIA sobre isso em corridas futuras”, completou o diretor.
Chefe da Williams também reclama de piloto da Haas
Quem também não gostou nenhum pouco do que aconteceu na Arábia Saudita foi James Vowles, diretor da Williams. Assim, segundo ele, Albon teve problemas após a batida com Magnussen. Além disso, o chefe também pediu para que as táticas defensivas utilizadas pelo piloto da Haas fossem revisadas no futuro.
“Sei que tínhamos um carro que poderia marcar um ponto lá, mas saímos sem nada. Em parte, isso aconteceu porque o carro de Alex foi danificado quando Magnussen o empurrou contra o muro, recebendo uma punição como resultado, mas depois usando uma tática para segurar o resto do pelotão e criar uma diferença para que Hulkenberg pudesse marcar aquele ponto”, falou Vowles.
“Agora, se essas táticas são viáveis ou não, ou esportivas, vamos revisar como uma organização e um esporte daqui para frente. Minha opinião é que não é assim que quero correr”, concluiu o chefe da Williams.
