Max Verstappen é um dos pilotos mais engajados da Fórmula 1. Assim, não é novidade ele sair em defesa do que pensa sobre a categoria. Inclusive, recentemente, o holandês pediu o fim da regra de tempo mínimo por volta nos treinos qualificatórios da F1 imposta pela FIA.
No Grande Prêmio da Itália, ao tentar evitar velocidades perigosas de aproximação entre os carros numa volta rápida e aqueles que estão em um volta lenta, a FIA introduziu um tempo de volta mínimo que todos os carros devem seguir e não exceder.
Curiosamente, isso resolveu alguns problemas de tráfego na pista. No entanto, os pilotos começaram a esperar no pit-lane para se beneficiar. Dessa forma, Verstappen foi um dos pilotos que tiveram a atenção chamada pelos comissários para não fazer tal ação. Para o tricampeão mundial, a regra até pode ser um passo certo, mas outras coisas precisam mudar.
“Está tudo imperfeito no momento. Precisamos pensar em outra coisa, mas é difícil. O que não entendo é que todo mundo está tentando abrir uma brecha agora no pit lane, que é o único lugar onde podemos fazer isso, então, eu realmente não entendo como você pode estar impedindo alguém”, iniciou o piloto da Red Bull.
“Para mim, acho que temos que ser um pouco mais tolerantes com isso, sabendo que é um ambiente seguro. Quer dizer, estamos dirigindo muito devagar. É o único lugar onde podemos abrir uma brecha porque saímos do box no início do pit lane e não sabemos o que os outros estão fazendo. Então, você está constantemente buscando uma brecha”, acrescentou o holandês.
“Você não quer começar uma volta três a quatro segundos depois de alguém, porque isso é muito ruim. Mas, por outro lado, se não tivéssemos esse tipo de tempo mínimo de volta, então talvez você tem alguns impedimentos no último setor novamente, então é muito difícil, eu acho, encontrar uma solução”, finalizou
Leclerc apoia considerações de Verstappen
Charles Leclerc decidiu apoiar o apelo de Max Verstappen. Desse modo, o monegasco apontou o setor final de Spa-Francorchamps como um perigo em particular.
“[Tenho] um pensamento muito semelhante. Acho que a maior coisa da qual nos livramos foi a situação perigosa, especialmente no último setor”, começou o piloto da Ferrari.
“Em Spa, por exemplo, às vezes teremos diferenças de velocidade entre os carros que serão loucas e, com isso, acho que tem sido uma boa solução para isso. Por outro lado, criou outros problemas que não são grandes”, finalizou Leclerc.